
Está tudo em aberto para as legislativas, mas dificilmente algum partido conseguirá maioria absoluta.
É com base nesta premissa que voltam a colocar-se exercícios de aritmética política, que são sempre mais complicados à esquerda do PS do que à direita.
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É natural que a ala mais à esquerda do hemiciclo de S. Bento ganhe espaço na próxima legislatura, mas dificilmente PCP e Bloco aceitam viabilizar um Governo de Sócrates.
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O próximo Executivo vai ter de resolver a pesada herança da crise que obrigará os portugueses a mais sacrifícios, porque a situação financeira do Estado encontra-se à beira do abismo.
Com o endividamento em 80% do PIB, um défice real na casa dos 6%, o próximo Governo vai ter de cortar despesas que inevitavelmente atingirão funcionários públicos e reformados.
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Tal como já aconteceu em Espanha, mais tarde ou mais cedo, haverá nova subida de impostos. O País, que viveu os últimos sete anos em tempo de vacas magras vai passar pelo tempo de vacas realmente esqueléticas, e isso torna ainda mais difícil entendimentos políticos de governabilidade com Bloco e PCP.
Armando Esteves Pereira
in CM
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