jueves, 28 de mayo de 2009

Caso Alexandra: Jornal russo contesta decisão judicial...

O diário russo "Komsomolskaia Pravda" escreve hoje que a chegada de Alexandra à Rússia, que a mãe biológica apresenta como uma vitória sua sobre a Justiça portuguesa, está longe de ser tão brilhante como ela desejaria.
"A mãe de Alexandra apresenta o regresso da filha à Rússia como sua vitória pessoal na luta contra a Justiça portuguesa. Mas essa vitória mostrou não ser tão brilhante como desejaria Natália Zarubina", escreve a edição do tablóide.
As jornalistas do diário russo relatam: "Casa velha, pontas de cigaro numa lata de conservas, fumo de tabaco dentro de casa e parentes bebâdos ou de ressaca, rodeiam agora a 'nova' infância de Alexandra".
"A mamã fica artisticamente sensibilizada com um raminho de flores que a filha lhe oferece, não se esquecendo, ao mesmo tempo, de, em frente das câmaras de televisão, dar umas palmadas à menina pela 'educação portuguesa'", ironizam as jornalistas.
"A criança não compreende russo. Segundo o seu avô, Serguei Nikolaevitch, eles aprenderão mais depressa português do que a menina aprenderá a grande e poderosa (adjectivos que os russos empregam para sublinhar a importância da língua russa) língua nacional. Em Setembro, ela deve ir para o infantário, mas desconhece-se como irá contactar com outras crianças. Agora, ela brinca apenas com o seu primo", continuam.
As jornalistas chamam também atenção para o facto de Alexandra não ter quarto próprio e viver no mesmo quarto com a mãe e a avó. O "Komsomolskaia Pravda" adianta que este processo está a ter forte repercussão na opinião pública russa.
A menina, de seis anos e filha de uma ex-imigrante russa, estava à guarda de uma família de Barcelos há quatro anos, mas uma decisão judicial de 2008 determinou que fosse devolvida à família biológica, apesar dos problemas de alcoolismo que os técnicos referenciaram na mãe.
O pai, um imigrante ucraniano, vive actualmente em Espanha.
Na semana passada, a criança, que fala apenas português, passou a viver com a mãe e a avó numa cidade russa, a 350 quilómetros de Moscovo.
in Expresso
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