viernes, 29 de mayo de 2009

Juan Ramón Jiménez...foi um Poeta Modernista Espanhol e Prémio Nobel de Literatura...

Juan Ramón Jiménez Mantecón (Moguer, 23 de dezembro de 1881San Juan, 29 de maio de 1958) foi um poeta espanhol.
Biografia
Em 1983 Juan Ramón foi como aluno interno para o colégio de jesuítas do porto de Santa Maria (C´dis), onde fez os estudos secundários até 1896. Aí escreveu os primeiros versos.
No Outono de 1896 foi para Sevilha estudar Direito, por vontade paterna, e pintura, por gosto próprio. Começou a ler os poetas espanhóis mais famosos da época: Gustavo Adolfo Bécquer, Rosalía de Castro, Curros Enríquez, e românticos franceses e alemães.
De regresso a Moguer, em 1899, correspondeu-se com Salvador Rueda - poeta introdutor do modernismo em Espanha - e Francisco Villaespesa, que abriu a Jun Ramón as portas da vida literária da capital, onde o modernismo começava a triunfar.

Deslocou-se para a Madrid em Abril de 1900, ocorrendo pouco tempo depois a morte repentina do seu pai, que lhe causou um traumatismo para toda a vida: o pavor da morte súbita e o consequente desejo de ter sempre próximo de si um médico.
No princípio de 1905 voltou para Moguer, dominado por implacável neurose, em busca de repouso e ternura familiar.
Em 1913 conheceu Zenobia Camprubí Aymar, mulher graciosa, culta, de espírito sensível e apaixonada pelo poeta e pela sua obra, com quem casou em 1916. O amor e o casamento tornam-se então motivos para um dos melhores livros de Juan Ramón, Diario de un poeta recién casado.
Depois de sucessivas viagens e hospitalizações por motivo das frequentes depressões nervosas do poeta, Juan Ramón e Zenobia mudam-se para Porto Rico.

O poeta ganhou o Prémio Nobel da Literatura em 1956, morreu a 29 de Maio de 1958.
Escrever sobre Juan Ramón Jímenez obriga a falar de modernismo: a sua poesia foi, no começo, influenciada pelo movimento e fez depois evoluir o modernismo espanhol.

Assim iniciada, a poesia de Juan Ramón começou por obedecer às leis deste amplo movimento: um esteticismo de raiz romântica, predominantemente sentimental, em que o eu é quase sempre o centro do poema, com os seus lamentos, uma visão idílica da natureza, uma sensualidade difusa, paisagens que são reflexo do seu espírito inquieto e por vezes mórbido, da consciência que lhe revela a transitoriedade humana, o abismo da beleza inatingível indiferente a essa transitoriedade.
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Poema
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Eu não voltarei. E a noite
morna, serena, calada,
adormecerá tudo, sob
sua lua solitária.
Meu corpo estará ausente,
e pela janela alta
entrará a brisa fresca
a perguntar por minha alma.
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Ignoro se alguém me aguarda
de ausência tão prolongada,
ou beija a minha lembrança
entre carícias e lágrimas.
.
Mas haverá estrelas, flores
e suspiros e esperanças,
e amor nas alamedas,
sob a sombra das ramagens.
.
E tocará esse piano
como nesta noite plácida,
não havendo quem o escute,
a pensar, nesta varanda.

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