miércoles, 29 de febrero de 2012

E assim vao as coisas no Reino da Granelandia...

A mulher mais poderosa de Portugal é
Angolana
.
Portugal tem muitas mulheres importantes, algumas são ricas, poucas são poderosas.Uma é as três coisas. Tem 36 anos e não é portuguesa. É a angolana Isabel dos Santoss
O "dinheiro dos angolanos" pesa sobre muitas consciênciasOs angolanos são entronizados
em Portugal Dizem que detesta ser tratada como "a filha de José Eduardo dos Santos". Pela maneira como está a afirmar-se em Portugal, um dia trataremos o Presidente de Angola como "o pai de Isabel dos Santos".
É a nova accionista da Zon. E de muitas outras empresas. Uma atrás da outra,
todas lhe estendem tapetes. Tapetes verdes, da cor do dinheiro.A mulher mais
rica de Portugal, segundo a "Exame", é Maria do Carmo Moniz Galvão Espírito
Santo Silva, com uma fortuna de 731 milhões de euros. Não tem
metade do poder de Isabel dos Santos. E tem apenas uma fracção do seu
dinheiro: só na Galp, BPI, Zon e BESA, a empresária angolana tem quase dois mil
milhões de euros. Fora o resto.
A lista dos dez mais ricos de Portugal está aliás cheia de pessoas que fazem negócios com a família dos Santos. Américo Amorim é sócio de Isabel na Galp e no Banco
BIC. Belmiro de Azevedo, segundo foi noticiado, quer ser parceiro de
distribuição em Angola. O Grupo Espírito Santo tem interesses
imobiliários, nos diamantes, na banca. Salvador Caetano tem
concessões. O Coronel Luís Silva acaba de fechar negócio para vender
acções da Zon a Isabel dos Santos. Zon onde João Pereira Coutinho e Joe
Berardo são accionistas.
Da lista dos mais ricos, só a família Mello e Soares dos Santos estão "fora" da geografia. O "dinheiro dos angolanos" pesa sobre muitas consciências. Soares dos Santos foi o único a assumir
publicamente o desdém pelos níveis de corrupção de Angola.
Isabel dos Santos é accionista da Zon e sócia da PT. É accionista do BPI e sócia do BES. É
accionista da Galp e a Sonangol é parceira da EDP. A empresária garante que
não tem relações com as actividades do seu pai e da estatal Sonangol.
Identificando todos os interesses em causa, as relações de
sociedades portuguesas alargam-se ainda à Caixa, Totta, BPN e
Mota-Engil.
O que faz com que tantas empresas portuguesas implorem para fazer negócios com Isabel dos Santos? E que Isabel "jogue" em equipas rivais, concorrentes confessos em Portugal, sem um pestanejo?
Só uma coisa consegue tanto unanimismo: o dinheiro. A contrapartida de acesso ao
crescente mercado angolano. Os portugueses não abrem os braços a Isabel dos
Santos, abrem-lhe as carteiras - vazias...!!!!
Isabel e José Eduardo construíram um poder tão ramificado em empresas portuguesas que só o Estado e Grupo Espírito Santo os ultrapassarão. Tanta concentração de poder é mais
ameaçadora do que uma nacionalidade.
Fonte: Jornal de negócios

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