Dia do Estudante de 1962...Memórias...

Faz hoje 50 anos que a proibição do Dia do Estudante desencadeou a "crise
académica", durante a qual o "luto académico" se traduziu por uma greve às aulas
que durou até à véspera do início dos exames a 30 de Maio.
O movimento de contestação ao regime iniciou-se em Lisboa e estendeu-se às universidades de
Coimbra e Porto.
Durante a ocupação da cantina da Cidade Universitária fui um
dos estudantes presos e levado para o quartel da polícia de choque na
Parede.Recordo que, entre outros, também lá estiveram Adolfo Steiguer Garção
- meu colega no Técnico e que já vinha comigo do Liceu Salvador Correia em
Luanda - e Medeiros Ferreira.
Para muitos da "geração de 60" começou aí a
luta política que levou ao 25 de Abril de 1974.É bom recordar o papel dos
oficiais milicianos junto dos oficiais do quadro permanente e o facto dos
famosos "3D" do Programa do Movimento das Forças Armadas [Descolonizar,
Democratizar, Desenvolver] terem surgido pela primeira vez na comunicação que
Medeiros Ferreira - então exilado na Suíssa - enviou ao Congresso Republicano
(também chamado de Unidade Democrática) de Aveiro em 1973.
Entre os mais conhecidos à frente do movimento académico de 1962 estavam Jorge Sampaio, Eurico de Figueiredo, Isabel do Carmo, Victor Vengorovius e o já citado Medeiros
Ferreira.
Álvaro Fernandes publicó en
el grupo "Movimento Republicano 5 de Outubro."