Antonio Mariano Alberto de Oliveira, (escrevia como Alberto Oliveira)nasceu em Palmital de Saquarema, na
então província do Rio de Janeiro, no dia 28 de abril de 1859 e morreu em
Niterói no dia 19 de janeiro de 1937. Estudou no interior e, até chegar à
Faculdade, completou seus estudos em Niterói e no Rio de Janeiro, onde se formou
em Farmácia.
Tentou também seguir Medicina, mas só cursou até o terceiro ano, e acabou
professor da Escola Normal e da Escola Dramática, e inspetor de ensino. O
restante de sua biografia é literária, com sua série de volumes Poesias (1912 -
1913 - 1927) a sua forma em crescendo, a fortuna crítica se avolumando, ele que
foi apreciado por Machado de Assis, que prefaciou seu Meridionais e participar
com o mestre da fundação da Academia Brasileira de Letras. Tido como mais
perfeito sonetista da língua portuguesa, dominador dos Alexandrinos e
decassílabos, fica o poeta fluminense como um impar padrão de Parnasianismo no
Brasil. ---
Breve momento após comprido dia De incômodos, de penas, de cansaço Inda o corpo a sentir quebrado e lasso, Posso a ti me entregar, doce Poesia. Desta janela aberta, à luz tardia Do luar em cheio a clarear no espaço, Vejo-te vir, ouço-te o leve passo Na transparência azul da noite fria. Chegas. O ósculo teu me vivifica Mas é tão tarde! Rápido flutuas Tornando logo à etérea imensidade; E na mesa em que escrevo apenas fica Sobre o papel — rastro das asas tuas, Um verso, um pensamento, uma saudade.
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