A questão dos subsídios de férias e de Natal subtraídos a funcionários públicos e pensionistas, e do timing previsto para a sua reposição, voltou à baila na semana finda, apenas para reforçar as suspeitas de que o que nos tem sido dito sobre o tema é uma história mal contada, com voltas e reviravoltas que parecem apontar para um único desfecho: o desaparecimento permanente dos ditos subsídios.
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O discurso do Governo sobre os subsídios é co-mo um conto a que se acrescenta sempre um ponto. Primeiro, Miguel Relvas e Vítor Gaspar garantiram que os cortes só vigorariam em 2012 e 2013. Mais tarde, Pedro Passos Coelho acrescentou 2014, e Gaspar, embaraçado, classificou o que fora dito antes como um "lapso". A seguir, o primeiro-ministro falou em reposição gradual dos subsídios, mas não tardou a substituir a palavra "gradual" por "intensa". Agora, Paula Teixeira da Cruz vem afirmar que essa reposição poderá mesmo não acontecer em 2015… Perante isto, é legítimo pensar que o plano na manga é extinguir de vez os subsídios, passando a pagar-se apenas 12 meses em vez de 14.
Se assim é, o Governo de-ve dizê-lo sem rodeios, sob pena de perder de vez o crédito que já lhe vai faltando.
(in CM)
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