O 1º de Maio é o grande símbolo da luta pela dignidade do trabalho e pelos direitos sociais.
.
.
Toda a comunidade o celebra, desde a Igreja, com a consagração do dia a S. José Operário, às Centrais Sindicais, fazendo das avenidas o lugar de todas as reivindicações. E é também por isso que, como feriado, tem o 1º de Maio gozado de um estatuto só comparável ao do Natal, apenas com os serviços mínimos em laboração.
Este ano, ficou patente que os híperes queriam ser excepção e manter-se abertos, exercendo sobre os seus trabalhadores, com os sindicatos a protestar, toda a sorte de pressões.
A promoção do Pingo Doce, criando condições para que o 1º de Maio fosse a maior venda do ano, i.e., o contrário de um feriado, é, assim, um atentado ao respeito que é devido à luta pela dignidade do trabalho, com insidioso aproveitamento do que há ora de mais desculpável, ora de mais censurável no homem, da extrema necessidade à mais leviana ganância.
O Pingo Doce não precisa, por isso, de multas; os seus responsáveis precisam, sim, é de um par de bofetadas.
(Magalhães e Silva, in CM)
No hay comentarios:
Publicar un comentario