jueves, 23 de abril de 2009

Miguel de Cervantes...Escritor Espanhol...autor da obra Don Quixote de la Mancha...

Miguel de Cervantes Saavedra (Alcalá de Henares, 29 de Setembro de 1547Madrid, 23 de Abril de 1616), romancista, dramaturgo e poeta espanhol.
Autor da mais importante obra em castelhano, Don Quixote de La Mancha.
Filho de um cirurgião cujo nome era Rodrigo e de Leonor de Cortinas, supõe-se que Miguel de Cervantes nasceu em Alcalá de Henares.
O dia exato do seu nascimento é desconhecido, ainda que é provável que tenha nascido a 29 de Setembro, data em que se celebra a festa do arcanjo San Miguel, pela tradição de receber o nome do santoral.
Miguel de Cervantes foi batizado em Alcalá de Henares (Espanha) a 9 de Outubro de 1547 na paróquia de Santa María la Mayor.
Em 1569 foge para Itália depois de um confuso incidente (feriu em duelo Antonio Sigura), tendo publicado já quatro poesias de valor.
Sua participação na batalha de Lepanto, no ano 1571, deixa-lhe inutilizada a mão esquerda que lhe vale o apelido de o manco de Lepanto.
Em 1575, durante seu regresso de Nápoles a Espanha é apresado por corsários de Argel, então parte do Império Otomano. Permanece em Argel até 1580, ano em que é liberado depois de pagar seu resgate.De volta a Espanha se casa com Catalina de Salazar em 1584, vivendo algum tempo em Esquivias, povoado de La Mancha de onde era sua esposa, e se dedica ao teatro. Publica em 1585 A Galatea o seu primeiro livro de ficção, no novo estilo elegante da novela pastoral.
Com a ajuda de um pequeno círculo de amigos, que incluía Luíz Gálvez de Montalvo, o livro deu a conhecer Cervantes a um público sofisticado.A partir de 1587 viaja pela Andaluzia como comissário de provisões da Invencível Armada, estabelecendo-se em Sevilha. Posteriormente trabalha como cobrador de impostos.
Encarcerado em 1597 depois da quebra do banco onde depositava a arrecadação, "engendra" Dom Quixote de La Mancha, segundo o prólogo a esta obra, sem que se saiba se este termo quer dizer que começou a escrevê-lo na prisão, ou simplesmente que se lhe ocorreu a idéia ou o plano geral ali.

Finalmente, em 1605 publica a primeira parte de sua principal obra: O engenhoso fidalgo dom Quixote de La Mancha. A segunda parte não aparece até 1615: O engenhoso cavaleiro dom Quixote de La Mancha. Num ano antes aparece publicada uma falsa continuação de Alonso Fernández de Avellaneda.
Entre as duas partes de Dom Quixote, aparecem as Novelas exemplares (1613), um conjunto de doze narrações breves, bem como Viagem de Parnaso (1614).
Em 1615 publica Oito comédias e oito entremezes novos nunca antes representados, mas seu drama mais popular hoje, A Numancia, além de O trato de Argel , ficou inédito até o tardio século XVIII.
Miguel de Cervantes morreu em 1616, parecendo ter alcançado uma serenidade final de espírito.
Um ano depois de sua morte aparece a novela Os trabalhos de Persiles e Sigismunda.
A única peça teatral trágica a sobreviver de Cervantes é O cerco de Numancia, na qual é encenada a resistência desesperada da população desta cidade íbera contra as forças romanas que querem conquistá-la.

Já o volume Oito comédias e oito entremezes nunca antes representados traz um excelente exemplo do humor cervantino, com seu pleno domínio das convenções da época; curioso notar as diferenças de tratamento existentes entre a novela exemplar O ciumento de Extremadura e o entremez O velho ciumento, que apresentam basicamente a mesma história - a do marido que, para evitar ser traído, tranca a mulher em casa e proíbe-lhe qualquer contato com o mundo externo: Cervantes sacrifica, na peça, boa parte da sutileza da novela para produzir um efeito cômico mais imediato.
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Amadís de Gaula a don Quijote de la Mancha
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Tú, que imitaste la llorosa vida
Que tuve ausente y desdeñado sobre
El gran ribazo de la Peña Pobre,
De alegre a penitencia reducida,
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Tú, a quien los ojos dieron la bebida
De abundante licor, aunque salobre,
Y alzándote la plata, estaño y cobre,
Te dio la tierra en tierra la comida,
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Vive seguro de que eternamente,
En tanto, al menos, que en la cuarta esfera,
Sus caballos aguije el rubio Apolo,
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Tendrás claro renombre de valiente;
Tu patria será en todas la primera;
Tu sabi autor, al mundo único y solo.

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