
Preferiam os modelos cujo preço rondava os 100 mil euros, coisa fácil de encontrar naquele local e àquela hora: antes das 10 da manhã quando o trânsito engarrafa e os ricaços se aproximam de Lisboa, sede das poucas empresas que teimam em ter sede numa cidade portagada.
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O scanner lia as matrículas e no computador Magalhães versão 0,60, aparecia o nome do proprietário da viatura, o número de contribuinte, e clicando noutra janela a declaração de IRS."Alto ! Busca, busca, segue, segue, viatura matrícula Maike, Fada, 30-30. Manda apreender!"- gritava o fiscal, excitado pela primeira peça de caça do dia.O ladrão que conduzia a viatura de 125 mil euros, tinha declarado um rendimento em sede de IRS ( diz-se assim!!) muito inferior ao valor da carripana.
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Carro apreendido, para venda em hasta pública, sendo que sessenta por cento do valor vendido reverterá a favor do Estado. Com o restante o contribuinte poderá usá-lo para a entrada de um novo carro igual em leasing.Este cenário é ficção mas completamente possível de acontecer. Credível do ponto de vista fiscal, e possível do ponto de vista informático e, mais ainda, muito provável do ponto de vista operacional.
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A lei que o governo finge que vai aprovar poderá dar em todo o tipo de arbitrariedades, perdas das liberdades e garantias individuais.Há uma excepção: o carro de valor superior a 100 mil euros detectado ser da Assembleia da República, do governo ou de uma câmara, e então o ónus da prova é fácil: o carro é do povo, foi pago pelo povo, pode seguir !!!
in Blog Instante Fatal
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