Longe da terra distante, longe do meu Portugal... como diz a canção, aqui em Montréal, Canadá, onde há um quarteirão só de portugueses, uma pátria lusa dentro de um outro país, parece que o rectângulo se torna ainda mais pequeno, mesquinho e ridículo.
Um país desgovernado, comandado por uma tribo de políticos travestidos de salvadores.
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O meu último contacto com a realidade portuguesa foi a entrevista que deu à RTP o nosso primeiro-ministro e que eu acompanhei como jornalista, antes do início do combate, e durante numa sala que a RTP disponibilizou para a imprensa e seguranças do Primeiro. Digamos: um ambiente fraternal entre gente de ofícios bem diferentes.
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Claro, que já ninguém deve falar por aí daquele triste exame de Sócrates, que mostrou um homem nervoso, inseguro e com os nervos à flor da pele. Um político acossado- uma das piores coisas que se pode pensar de alguém que toma decisões por nós e que vai mandar nos nossos bolsos e nas nossas vidas. É assustador ver alguém que não tem uma ideia estruturada para o país, uma linha, um objectivo, uma ideologia. Não há em Sócrates um modelo de sociedade, uma referência, um sentido maior da coisa pública, um espírito de missão.
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Há no governo dos socialistas uma ideia de Poder e depois toda uma estratégia bem delineada para se manterem à tona, entre um truque aqui, uma manobra acolá, tudo feita na base do que parece, e não do que é realmente.Sócrates pratica a célebre frase que "tudo em política o que parece é". Sendo assim basta parecer para ser ser um governo competente.
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Ficou depois da entrevista de Sócrates a pairar no ambiente, que doravante qualquer crítico, qualquer cidadão que possa dar uma opinião menos agradável para com o primeiro-ministro, possa ser vítima de uma das rajadas postas a funcionar contra a liberdade de opinião.
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As acusações formais a jornalistas e a cidadãos que têm dado a sua opinião na blogosfera, começam a resfriar as críticas.O medo instalou-se na sociedade portuguesa.Esse medo com o outro medo latente, está a deixar os portugueses num povo anémico, triste, amedrontado, domado.
Este tempo socialista é na verdade um tempo lamentável, um tempo para esquecer.
Mas mais: é um tempo que todos têm de mudar e não vão faltar oportunidades este ano para o fazerem. Assim queiram.
in Blog Instante Fatal
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