domingo, 26 de abril de 2009

Brasil...Alexei Bueno...É poeta...

Alexei Bueno (Rio de Janeiro, 26 de abril de 1963) é um poeta brasileiro. Colabora em diversos órgãos de imprensa no Brasil e no exterior, é membro do PEN Clube do Brasil, e foi, de 1999 a 2002, Diretor do INEPAC, Instituto Estadual do Patrimônio Cultural do Rio de Janeiro, e membro do Conselho Estadual de Tombamento.
Como editor organizou, para a Nova Aguilar, a "Obra completa" de Augusto dos Anjos (
1994), a "Obra completa" de Mário de Sá-Carneiro (1995), a atualização da "Obra completa" de Cruz e Sousa (1995), a "Obra reunida" de Olavo Bilac (1996), a "Poesia completa" de Jorge de Lima e a "Obra completa" de Almada Negreiros (1997), a "Poesia e prosa completas" de Gonçalves Dias (1998), além de uma nova edição da "Poesia completa e prosa de Vinicius de Moraes", no mesmo ano.
Publicou, pela Nova Fronteira, uma edição comentada de "Os Lusíadas" (1993) e "Grandes poemas do Romantismo brasileiro" (1994).
Traduziu para o português "As quimeras", de
Gérard de Nerval, editado pela Topbooks, também com edição portuguesa. Traduziu igualmente poemas de Poe, Longfellow, Mallarmé, Tasso e Leopardi, entre outros.
Em 1998 publicou, pela Lacerda Editores, a primeira edição brasileira, prefaciada e anotada, da "História trágico-marítima" e uma edição dos "Sonetos de Camões", além do ensaio introdutório e fixação do texto da "Jerusalém libertada", de Torquato Tasso, pela Topbooks.
Em
1999 organizou, com Alberto da Costa e Silva, a "Antologia da poesia portuguesa contemporânea _ um panorama", para a Lacerda Editores, e no ano seguinte publicou a edição remodelada e definitiva, conforme os originais deixados pelo autor, da "História das ruas do Rio", de Brasil Gerson.
No ano de 2002 organizou, a convite da
UNESCO, a "Anthologie de la poésie romantique brésilienne", editada em Paris, e a "Correspondência de Alphonsus de Guimaraens", para a Academia Brasileira de Letras.
Em 2004 organizou a antologia "Poesía brasileira hoxe", para a Editorial Danú, de Santiago de Compostela. Em 2006 organizou e publicou, junto com George Ermakoff, "Duelos no serpentário, uma antologia da polêmica intelectual no Brasil".
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A Florbela Espanca
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Amada, por que eu tive a tua voz
Depois que o Nada teve a tua boca?
A lua, em sua palidez de louca,
Brilha igual sobre mim, e sobre nós!...
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Porém como estás longe, como o algoz
De um só golpe sem fim — a Morte — apouca
Os gritos dos que esperam, a ânsia rouca
Dos que atrás têm seu sonho, os grandes sós!
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Aqui não brilha o mundo que engendraste
Como o manto de um deus, e astros sangrentos
Não nos rolam nas mãos da imensa haste.
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E só estes olhos meus, que nunca viste,
Se incendeiam, vitrais na noite atentos,
Voltados para o chão aonde fugiste!

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