
Um antigo engenheiro da JAE contou-me uma vez a receita para enriquecer: "Quando faço uma estrada, aplico uma camada de brita e cobro duas." Este ovo de Colombo ilustra o chico--espertismo que grassa a todos os níveis de actividade e poder nacionais.
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Um mecanismo do mesmo género explica as muito debatidas derrapagens na Parque Escolar. Os defensores da indefensável boa gestão do processo alegam que tu-do se ficou a deve ao aumento da área construída e/ou reparada.
Ainda que assim seja, essa é só parte da verdade. Desde logo porque muitas das escolas beneficiadas receberam novas obras meses ou até semanas depois. Em alguns casos metiam, literalmente, água.
Ora, as empresas que fizeram mal o serviço da primeira vez, foram chamadas para corrigir o mal feito, sendo pagas por isso. Ou seja, foram recompensadas pela sua incompetência.
Nas estradas, o método é o mesmo: faz-se a obra e depois remenda-se uma, duas, seis..., as vezes necessárias para arrecadar lucros milionários. E nunca, que se saiba, os ‘engenheiros domingueiros’ pagam os prejuízos causados... a todos nós, contribuintes. Eis como se recompensa o ‘mérito’ em Portugal!
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