Um grupo de 40 pessoas de diferentes quadrantes políticos reúniu-se, em Coimbra, com o intuito de fundar um novo movimento cívico, cujo objectivo é “mudar o regime e salvar a democracia”, informa um dos promotores do grupo.
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Não se declaram contra os partidos e explicam tratar-se de uma iniciativa com uma atitude patriótica cuja principal medida será fazer frente à troika, para “que não sejam meia dúzia de pessoas a impor” o futuro de Portugal.
O médico Jaime Ramos, que assume o papel de dinamizador da iniciativa, defendeu a necessidade de "o regime e os partidos mudarem para melhor", salvaguardando "a democracia e a própria liberdade".
O também militante do PSD e antigo governador civil de Coimbra, diz que os partidos que têm passado pelo Governo, em democracia, "têm conduzido a opinião pública para um pensamento único", também "patrocinado por uma comunicação social" dominada, nalguns casos, "por capitais estrangeiros". Trata-se de "uma comunicação social que defende interesses que não são os nossos", declarou.
Jaime Ramos explica que “não serão os extremos, de direita ou de esquerda, que poderão salvar e melhorar a democracia" e que "a democracia está capturada por aparelhos partidários, do poder e da oposição, feitores dos interesses financeiros" e que importa "salvar a democracia, porque as crises económicas e morais podem fabricar ditaduras".
Do grupo de 40 pessoas fazem parte vários nomes como o socialista Arnaldo Carvalho, comunista e actual presidente da secção regional do Centro da Ordem dos Médicos Fernando Gomes, o historiador Amadeu Carvalho Homem e a vice-reitora da Universidade de Coimbra Helena Freitas, o médico socialista Cândido Ferreira e o advogado António Manuel Arnaut.
Este grupo denomina-se de “Ideais de Centro” em alusão não só à distanciação do extremismo político mas também ao facto desta iniciativa nascer na Região Centro, com a primeira reunião agendada para esta segunda-feira, pelas 21h00, no hotel D. Luís, em Coimbra.
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