Doravante, alguém que deva mais de 75 euros em gás e electricidade terá o seu nome numa lista negra. É pobre ou desempregado? Paciência. A dívida é um erro? Azar. Chegou a época da perseguição e do vexame público.
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Num contexto de crise, em que os custos da electricidade aumentaram 25% no último ano, é disto que o governo se lembra. Em cima da austeridade, mais medidas anti-sociais. Mas já não se lembra que se trata de monopólios que, com as tarifas mais altas da Europa, sobrecarregam famílias e matam a economia. Aliás, foi preciso vir alguém de fora para que se falasse de cortar as rendas da energia e de combater dos abusos neste sector.
Claro que governo e António Mexia estão do mesmo lado. Este último já veio defender a lista da vergonha, enquanto desvalorizou a recomendação europeia de ir mais longe no corte das tais rendas de casino. Só gente grande, está visto. E enquanto a EDP lhe leva coiro e cabelo, financia tudo o que é festival de Verão. Deve ser por causa da feroz competição a que está sujeita. É rock, pop, clássica, étnica, popular e jazz. A EDP dá-lhe música e Passos Coelho bate palmas. Quanto pesará na sua factura?
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