De todos os lugares, logo haveria a Manta Rota (terra algo incaracterística mas com bela praia) de se transformar no símbolo político do Verão.
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A esquerda não escondeu o seu desapontamento ao ver o casal Passos Coelho tostar-se tranquilamente ao sol. Onde estão as esperas dos últimos meses? Onde estão as erupções de ira popular? Não estão. Já Lenine dizia que, entregue a si mesmo, o povo não é revolucionário.
Precisará talvez do enquadramento intelectual do "Congresso das Alternativas", aquele da esquerda que nem sequer ousa chamar-se esquerda. Ou talvez as questões sejam outras: o povo português gosta de deitar a toalha ao chão; não para desistir, mas para insistir numas férias tranquilas à beira-mar. Ou talvez, muito simplesmente, tenha percebido que o pobre Passos tem tanto controlo sobre a vida dos portugueses como os próprios portugueses, ou seja, nenhum: executor de uma política ditada de fora, Passos, como os outros portugueses, faz basicamente o que lhe mandam. No fundo, o Governo é uma man-ta rota, a esquerda é uma manta rota, o país é uma enorme manta rota. Que aliás chega muito mal para todos.
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