Uma «fada madrinha» deve ter brilhado sobre o genro do presidente da República, Luís Montez, quando o Conselho de Ministros o escolheu como vencedor do concurso público para a venda do Pavilhão Atlântico.Isto apesar dos vários processos de execução a correr em tribunal, por dívidas a várias empresas…a mesma «boa estrela» que já tinha brilhado quando Cavaco e a filha venderam as acções do BPN antes do colapso da instituição…
Cavaco Silva, que
hoje, sábado, de forma patética aconselhou durante uma visita à aldeia olímpica
em Londres, os portugueses a fazer como ele próprio e a praticar o que chama de
«desporto caseiro («Não deixem de praticar nem que seja o desporto caseiro,
andar em cima do tapete, ou então dar um passeio, fazer uma marcha sempre que
possível de uma volta de três, quatro quilómetros, andar meia hora por dia, pelo
menos, é muito saudável») – os cidadãos deste país que já fazem diariamente
«ginástica» para estender o magro orçamento de sobrevivência – tem uma
«estrelinha» que olha por ele e pelos seus familiares mais próximos. Longe vá o
agoiro pensar que o facto de ser presidente da República terá sido um factor
decisivo no facto de o genro,Luís Montez, derrotar o consórcio que juntava
Álvaro Covões, da Everything is New, Cunha Vaz, CIP e a
multinacional AEG no concurso público pela aquisição do Pavilhão
Atlântico. Mas o certo é que uma «fada madrinha» deve ter brilhado sobre Luís
Montez, responsável pela empresa «Música no Coração», quando o Conselho de
Ministros o escolheu como vencedor doconcurso para a venda do Pavilhão
Atlântico. Apesar dos vários processos de execução a correr em tribunal, por
dívidas a várias empresas – segundo apurámos, Montez tem pelo menos 13 processos
de execução pendentes…- pagou pelo espaço onde se realizam os grandes shows
internacionais em Lisboa, 21,2 milhões de euros, liderando um consórcio que
envolveu o BES e a Super Bock..
Alguns desses
processos remontam a anos anteriores, mas outros são relativos a 2012. Feitas as
contas, são várias centenas de milhares de euros que o genro de Cavaco tem em
dívida. Apesar de os colaboradors do «Música no Coração» afirmarem que esses
processos em causa são todos muito antigos e que apenas se está a tentar difamar
o nome do genro de Cavaco Silva e da empresa, o certo é que a «Música no
Coração» é considerada de “risco elevado e de crédito não recomendado”, segundo
dados revelados por um relatório da empresa Informa
D&B.
Pois é: enquanto manda os portugueses «fazer
ginástica» para combater as gorduras e o stress da crise, o presidente zela
pelos seus..ou alguém lá nos céus zela por eles…agora coube a sorte a Luis
Montez, o genro…em 2009, foi a vez do próprio Cavaco Silva e da filha serem
bafejados por uma qualquer fada madrinha quando, antes do colapso da
instituição, sairam de accionistas da Sociedade Lusa de Negócios (SLN),
detentora do Banco Português de Negócios (BPN). Cavaco teve então um ganho de
147,5 mil euros. A sua filha, Patrícia, também teve acções da SLN e lucrou ainda
mais ao sair: 209,4 mil euros.Dados revelados pelo jornal «Expresso», em Maio de
2009,que publicou cópias das ordens de venda emitidas por Cavaco Silva e pela
filha, endereçadas ao então presidente do conselho de administração da SLN, José
Oliveira e Costa (que, como se sabe, encontra-se detido em casa com pulseira
electrónica depois de descoberta a fraude na instituição que presidia). Cavaco
detinha 105378 acções, adquiridas a um euro cada, que foram depois vendidas a
2,4 euros cada (a SLN não estava cotada na Bolsa e por isso não havia preço de
referência, mas, segundo o jornal, este valor estava em linha com outras
transações de acções do grupo naquela altura). A filha era detentora de 149640
acções.Não há nada como fazer uma boa ginástica para expurgar os males
vindouros…e atrair os bons espíritos…
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