Tomás Antônio Gonzaga (
Miragaia,
Porto,
11 de agosto de
1744 —
Ilha de Moçambique,
1810), cujo
nome arcádico é
Dirceu, foi um
jurista,
poeta e
ativista político luso-brasileiro. Considerado o mais proeminente dos poetas árcades, é ainda hoje estudado em
escolas e
universidades por seu "
Marília de Dirceu" (versos notadamente árcades feitos para sua amada).
Índice
- 1 Biografia
- 2 Características literárias
- 3 Representações na cultura
- 4 Ver também
- 5 Ligações externas
- 6 Referências
- ---
- Carta 1a.
Em que se descreve a entrada, que fez Fanfarrão
em Chile.
(...) Acorda, Doroteu, acorda, acorda; Critilo, o teu
Critilo é quem te chama: Levanta o corpo das macias penas; Ouvirás,
Doroteu, sucessos novos, Estranhos casos, que jamais pintaram Na idéia do
doente, ou de quem dorme Agudas febres, desvairados sonhos. Não és tu,
Doroteu, aquele mesmo, Que pedes, que te diga, se é verdade,
O que se
conta dos barbados monos, Que à mesa trazem os fumantes pratos? Não
desejas saber, se há grandes peixes, Que abraçando os Navios com as
longas, Robustas barbatanas, os suspendem, Inda que o vento, que d'alheta
sopra, Lhes inche os soltos, desrizados panos? Não queres, que te informe
dos costumes Dos incultos Gentios? Não perguntas, Se entre eles há Nações,
que os beiços furam? E outras, que matam com piedade falsa Os pais, que
afroxam ao poder dos anos? Pois se queres ouvir notícias velhas, Dispersas
por imensos alfarrábios, Escuta a história de um moderno Chefe, Que acaba
de reger a nossa Chile, Ilustre imitador a Sancho Pança. E quem dissera,
Amigo, que podia Gerar segundo Sancho a nossa Espanha! (...)
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