As Europeias do próximo domingo confrontam os portugueses com grandes dúvidas: que voto é este que só serve para castigar partidos no Governo? Que contas prestam os deputados europeus cuja inclusão em listas partidárias funciona como prémio de fidelidade aos líderes em funções?
A rubrica do Correio da Manhã ‘Nós, Portugueses’, que segue a cobertura da campanha às europeias, é um tesouro de reflexão. Ouve-se pessoas de regiões de onde partiram muitos emigrantes, que são os mais genuínos europeus da actualidade, e não se descobre ponta de interesse pelas instituições europeias.
O tempo continua dos estados nacionais da Europa, que só uma minoria (e não apenas na céptica Grã-Bretanha) gostaria de ver unidos. A integração incomoda e o federalismo a partir dos actuais estados assusta. O Tratado de Lisboa, que remendou a rejeitada Constituição Europeia, é tão pouco querido que nem aos portugueses entusiasma. No entanto, é indiscutível que com a utopia Europa se gerou uma medida influente na paz social.
As europeias parecem, contudo, uma votação tipo reality show para se saber quem ganha emprego no Parlamento Europeu.
A Europa, como realidade e utopia, está longe e parece apenas um álibi.
O voto, arma do povo, não é para aqui chamado.
João Vaz
in CM
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