Bem sei que Lurdes Rodrigues anda a responder à procura crescente do castelhano com professores certificados com um curso tipo Novas Oportunidades do Instituto Cervantes, tentando passar para trás quem têm competências próprias em espanhol.
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Seja como for, em termos políticos, só há uma de duas alternativas: ou o Instituto Camões oferece um curso acelerado a Zapatero para ver se, da próxima vez que se encontrar com Sócrates, pode "arranhar" o português tanto quanto Sócrates "arranhou" no sábado o castelhano, ou Sócrates deverá também falar em português nos comícios do PSOE onde entenda estar presente. É que, queira ou não queira o nosso (ainda) Primeiro, é com estes sinais que se dá a exacta noção da igualdade entre Estados nesta construção europeia para a qual os dois pediram votos.
É que, queira ou não queira o nosso (ainda) Primeiro, é também com estes sinais que se mede a verdadeira parceria das relações ibéricas, políticas, económicas e culturais.
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Enquanto as duas figuras de proa do chamado socialismo post-moderno da regulação neoliberal voavam de Valência a Coimbra, enquanto Ferreira Leite e Rangel faziam uma conferência para algumas dezenas de candidatos e elites partidárias disfarçadas de povo, enquanto Melo e Portas se enganavam no dia de uma feira onde não encontraram ninguém, enquanto Louçã e Portas falavam em primeiro plano para os media, evitando os grandes planos da distribuição de cumprimentos, Jerónimo e Ilda passeavam-se em Lisboa com mais de oitenta mil, impedindo assim que os escondessem ou remetessem para rodapé de jornais.
Uma verdadeira torrente de vontade e gente que vai contar muito para libertar o país desta maioria absoluta sem sentido.
Honório Novo
in JN
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