Traição, vingança, conspiração. A maior novela portuguesa contemporânea é o caso BPN. Já se sabia, mas ontem, com a audição de Oliveira e Costa no Parlamento, ficámos com a mais terrível das certezas: esta é a maior e também a mais indecorosa novela portuguesa dos tempos modernos, com manifesto reflexo na credibilidade dos políticos, dos partidos, dos banqueiros e das instituições.
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Os despojos finais do cavaquismo foram ontem penosamente exibidos por Oliveira e Costa no Parlamento. O antigo secretário de Estado dos Assuntos Fiscais deixou claro que não tenciona ser o único culpado do caso BPN. Nem em termos judiciais, nem políticos.
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Ficou claro, se ainda havia dúvidas, que a carreira pública e política de Dias Loureiro acabou e que não é minimamente sustentável a sua continuidade no Conselho de Estado. Cada dia que passar com o antigo ministro neste órgão serão machadadas na já pouca credibilidade das instituições.
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Ficou também muito claro o desafio para a Justiça. Perante o extraordinário trabalho da comissão parlamentar – um verdadeiro oásis nos tempos que correm –, o Ministério Público está obrigado a abrir o caminho de saída do actual pântano.
Doa a quem doer.
É um caminho de sentido único, pois a alternativa é o descalabro total do País...
Eduardo Dâmaso
in CM
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