Frequentemente apontado como um dos homens mais poderosos e ricos do país, a sua ascensão sempre foi alvo de "mau olhado". Em diversas entrevistas repetiu que o segredo do seu sucesso foi nunca "ter como objectivo enriquecer".
É como na política, argumentou diversas vezes: "Quem só está preocupado em ganhar votos, perde. Ganhar dinheiro, como ganhar votos, tem de ser consequência de coisas que se fazem bem feitas". O seu lema de vida, foi-lhe transmitido pelo seu tio-avô padre: "Faz bem o que fizeres".
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Manuel Joaquim Dias Loureiro nasceu em Aguiar da Beira a 18 Dezembro de 1951. É filho de dois comerciantes e tem sete irmãos. Nos tempos de faculdade, há quem se recorde que ao contrário da maioria dos colegas ia a casa, aos fins-de-semana, de camioneta e usava samarras muito coçadas. Entrou no PSD pela mão de Carlos Encarnação e Ângelo Correia mas foi com Cavaco Silva que a sua influência cresceu de forma avassaladora no partido.
Amigo pessoal do presidente da República, acompanhou-o desde o primeiro dia da sua presidência do PSD até à confirmação dos resultados nas presidenciais.
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Na sua autobiografia, Cavaco revelou não o ter convidado para o seu primeiro Governo, em 1985, "pela simples razão de não poder prescindir dele no partido". No segundo mandato, no entanto, Dias Loureiro foi ministro dos Assuntos Parlamentares, entre 1987 e 1991; e na segunda maioria PSD, ministro da Administração Interna até 1995.
"Quando saí da política não tinha dinheiro nenhum", repetiu em entrevistas. O ex-ministro assumiu sempre, no entanto, que foram as amizades feitas nesses anos que o ajudaram depois de 1995 a construir a sua fortuna.
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Em 1991 deixou o apartamento no bairro de Benfica, em Lisboa, e foi viver para uma vivenda no Estoril - uma das zonas mais caras do país. O semanário Expresso questionou, na altura, como um salário de ministro poderia suportar a mudança. Dias Loureiro justificou-se com uma herança e respondeu: "Quem não tem a consciência tranquila em relação ao dinheiro pode tentar escondê-lo. Quem tem a consciência tranquila pode fazer o que entender".
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Quando saiu do Governo, aceitou o desafio de José Roquette pata integrar a Pleîade. A fortuna começa nessa altura a crescer. Em 2000, Roquette manifesta-se cansado e decide vender o grupo. É José Oliveira e Costa que compra por 11 milhões de contos. Dias Loureiro recebe, então, mais de um milhão de euros e investe em acções da SLN e torna-se administrador executivo do grupo detentor do BPN.
in JN
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