domingo, 31 de mayo de 2009

Portugal...Eleições Europeias...

Prevê-se que cerca de 5,5 milhões a 6 milhões de portugueses inscritos, entre 60% a 67% do eleitorado, não farão o mínimo esforço para cumprirem o dever de ir votar no próximo dia 7. Os votantes situar-se-ão à roda dos 3 milhões, ou talvez menos. O que significa que as eleições europeias continuam a ter uma importância muito relativa para a maioria dos portugueses.
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Claramente inferior à de eleições legislativas, presidenciais ou autárquicas (onde acorrem ao voto, em regra, mais 2 milhões a 2,5 milhões de eleitores). O que significa, também, que o Parlamento Europeu, a Comissão de Bruxelas e toda a estrutura do poder político comunitário são entidades distantes, mal conhecidas e que pouco dizem à maioria dos cidadãos.
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Quer isso dizer que as europeias de 7 de Junho são eleições politicamente pouco relevantes? Não, não quer, antes pelo contrário. A nível nacional, elas irão definir a grelha de partida e as expectativas de cada partido para as legislativas do final de Setembro.
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Para o PS e para Sócrates, a perspectiva de ficar agora atrás do PSD equivale a perder dinâmica de vitória e de liderança e a esquecer de vez a ilusão de uma maioria absoluta três meses e meio depois. Não é por acaso que Sócrates, limitado por um candidato que não cativa votos à esquerda nem alarga apoios ao centro, trocou a cadeira em S. Bento por intensivas acções de campanha.
No PSD, uma derrota nas europeias, as eleições mais favoráveis para captar o voto de descontentamento e capitalizar a crispação contra o Governo, implicaria o esvaziamento político-eleitoral imediato da liderança de Manuela Ferreira Leite. Espalhando o desânimo entre as bases e comprometendo irremediavelmente o resultado nas legislativas.
Para o PCP, a hipótese, a cada dia mais ameaçadora segundo as sondagens, de ser, pela primeira vez, ultrapassado em número de votos e apoiantes pelo Bloco de Esquerda, tem o peso de uma catástrofe histórica.
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As Europeias têm, pois, diversificados factores de interesse e relevância política, apesar da reduzida afluência eleitoral.
«O nosso principal adversário é a abstenção», não se cansa de alertar José Sócrates. E, na verdade, se esta subir dos 60%-65% para próximo dos 70%, o PS bem se pode preparar para uma indigesta noite eleitoral a 7 de Junho.
JAL
in SOL

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