lunes, 6 de agosto de 2012

Sobre o Petroleo Grego...

A Grécia é o país da UE e do Euro com o maior potencial prospetivo de
> exploração de petróleo, com cerca de 22 mil milhões de barris no Mar Jónico
> e 4 mil milhões de barris no Mar Egeu. Por comparação, o poço Lula no Brasil
> (uma das maiores descobertas da última década) tem cerca de 8 mil milhões de
> barris.
> Este facto é conhecido pela Troika do FMI, UE e BCE desde 2010. Em vez de
> promover a produção petrolífera para reequilibrar as contas gregas e
> aumentar a autonomia energética europeia, a ordem é privatizar a única via
> que o Estado grego dispõe para pagar aos credores.
> Eis a razão pela qual russos e chineses digladiam-se para controlar os
> portos gregos: passam a controlar terminais de distribuição de petróleo e
> gás para os Balcãs e centro da Europa, e conquistam uma inédita presença
> estratégica no mediterrâneo.
> Ciente desta ameaça, os EUA não dormem e Hillary Clinton deslocou-se
> recentemente à Grécia para tentar acertar condições de E&P com a Turquia,
> com o envolvimento da empresa americana Noble Energy. O problema reside em
> que a Grécia não dispõe de uma ZEE e por isso não tem garantido o direito
> soberano sobre os recursos no solo marinho.
> Por isso, Clinton foi tentar um acordo de repartição entre Grécia, Turquia e
> a Noble Energy. Na semana seguinte, os russos foram bater à porta dos gregos
> com proposta semelhante.
> Se considerarmos que Israel será um exportador líquido de gás ainda nesta
> década e que Chipre também uma bacia rica em petróleo, concluem-se dois
> factos:
>
> O Mediterrâneo será um foco de tensão geopolítica em torno dos recursos
> petrolíferos A UE sofre de uma cegueira estratégica extrema ou a Alemanha já
> desistiu da Europa

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