viernes, 3 de agosto de 2012

João Rasteiro...Poeta Portugues...

João Rasteiro (Ameal, Coimbra, 1965) é um poeta português e ensaísta.
Traduziu para o português vários poemas de Harold Alvarado Tenorio, Miro Villar, Juan Armando Rojas Joo e Juan Carlos García Hoyuelos. É Licenciado em Estudos Portugueses e Lusófonos pela Universidade de Coimbra. Trabalha actualmente na “Casa da Escrita” – Câmara Municipal Coimbra.
É sócio da APE (Associação Portuguesa de Escritores), membro dos Conselhos Editoriais das revistas Oficina de Poesia e Confraria do Vento (Brasil) e delegado em Portugal da revista Italiana Il Convivio. Possui vários poemas publicados em várias revistas e antologias em Portugal, Brasil, Itália, Colômbia, Finlândia, República Checa, Chile, México e Espanha e vários poemas traduzidos para o espanhol, italiano, inglês, francês, checo e finlandês.
Em João Rasteiro vamos encontrar uma poesia cujas principais referências e influências se vão encontrar em nomes como os dos poetas Herberto Helder, Fiama Hasse Pais Brandão ou Daniel Faria, mas também em nomes como os de Charles Bernstein ou Gertrude Stein. É uma poesia do corpo, físico e essencialmente do corpo da linguagem. Em 2005 integrou a antologia: “Cânticos da Fronteira/Cânticos de la Frontera (Trilce Ediciones - Junta de Castilha y León). Em 2007 fez parte do grupo de poetas convidados para o VI Encontro Internacional de Poetas de Coimbra, organizados pelo grupo de estudos Anglo-Americanos da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra.
Foi também um dos poetas convidados para o III Festival Internacional de Poesia de Granada, Nicarágua.
Em 2008 integrou a antologia "O Reverso do Olhar" - exposição Internacional de Surrealismo Actual. Em 2009 integrou a antologia: “Portuguesia: Minas entre os povos da mesma língua – antropologia de uma poética” (livro-DVD), organizada pelo poeta brasileiro Wilmar Silva e que engloba poéticas de Portugal, Brasil, Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, São Tomé e Príncipe, Timor-leste, Goa, Macau e Galiza.Em 2009 integrou o livro de ensaios “O que é a poesia?”, organizado pelo brasileiro Edson Cruz. Em 2010 integrou a antologia "Poesia do Mundo VI", resultante dos VI Encontros Internacionais de Poetas de Coimbra organizados pelo Grupo de Estudos Anglo-Americanos da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra. Em 2009 a revista de poesia “Arquitrave” da Colômbia, editou um número especial (nº 44) dedicado à Poesia Portuguesa Contemporânea, intitulado "Poesia Portuguesa Hoje" do qual foi o organizador e responsável. Em 2011 integrou o livro "Três Poetas Portugueses" [Editora RG, São Paulo), organizado pelo poeta Álvaro Alves de Faria. Em 2012 integrou a antologia de poesia portuguesa contemporânea "Corté la naranja en dos", (México, Ediciones Libera) com compilação e tradução de Fernando Reyes da Universidade Nacional Autónoma do México. Integra, conjuntamente com Miguel Carvalho, Seixas Peixoto, Pedro Prata, Luiz Morgadinho e Rik Lina (Hol.), o "Cabo Mondego Section of the Portuguese Surrealism”.
-
Sete tercetos

No centro do mundo o vulcão.
As palavras arquitectam a morte,
a poesia as criaturas pasmadas.

***
A teia ama os casulos
como uma constelação.
A ínfima boca do azul.

***
Na efervescência das crias
as palavras como invasoras.
A crueldade como bálsamo.

***
Uma boca deixo ao dilúvio.
Direi um segredo de bronze,
a nocturna borboleta chega.

***
Depois do dilúvio a labareda,
nada já há a dizer em tua graça
pois as vozes ardem em silêncio.

***
No perfil da flor os anzóis,
a máscara perfeita – corpo
vociferando a sua depravação.

***
O poema serve de mortalha,
ignoro de que ocultos metais
é constituída a arte dos dedos.

No hay comentarios:

Publicar un comentario