jueves, 9 de agosto de 2012

Os tachos de Passos: a "relvanização" da política!...

Os "boys" dos partidos dominam a vida política portuguesa. Confirma-se: é um facto indelével da nossa vida política. Palavras como meritocracia, honestidade, seriedade, recompensa pelo trabalho árduo são palavras retóricas, sem significado qualitativo nenhum na política portuguesa. Este é verdadeiramente o nosso défice estrutural - o défice que tem degradado substancialmente a qualidade da nossa democracia. E, infelizmente, existe um conluio entre os partidos para tornar normal a anormalidade que consiste na tomada de assalto dos cargos do Estado pelos "boys" partidários. O PSD de Passos Coelho pratica-o com orgulho e convicção; o PS de António José Seguro cala-se, porque partilha os mesmos valores e não tem fibra para criticar; o PS socrático consente, pois foi pioneiro na arte de usar o Estado para a prossecução de fins privados. Assim estamos: a caminhar para a bancarrota com os políticos a apelarem aos sacrifícios dos portugueses - mas a utilizarem os nossos impostos para pagarem aos "boys".
2. Pergunta-se: que "boys" são estes? Após ler a lista dos 73 que sabemos provirem da máquina partidária, constatamos o seguinte:
a) Foram todos apoiantes de Passos Coelho, que viraram a máquina do partido a seu favor. Na sua grande maioria, gente da JSD que, desde cedo, se colaram a Miguel Relvas e a Marco António Costa. Primeiro: Miguel Relvas gratificou os seus sequazes da jota, levando-os para o Governo. É o método Miguel Relvas - compensar os seus apoiantes políticos e fazer a vida negra aos seus adversários. Já sabemos a história: Miguel Relvas põe e dispõe do Estado, passando sempre incólume a qualquer responsabilidade política;
b) A forma como Passos Coelho e Miguel Relvas meteram os seus boys no Governo é verdadeiramente pornográfica. Porquê? Lembra-se que o Governo proclamou que reduziu o número de assessores e ministérios. Pois bem, mas Miguel Relvas, na sua chico-espertice tradicional, criou a fgura dos especialistas. Ora, o que são os especialistas? Não sabemos. Ninguém sabe - são jovens, que se formaram em Direito, em sociologia ou economia, que, de repente, se converteram em especialistas em Desporto, em Defesa Nacional, em Agricultura ou em juventude. Claro está que é essencial para o Governo ter um especialista em Desporto ou em juventude! Ui, ui!

(Expresso)
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