Tal como se previa, Alberto João Jardim aproveitou a "Festa do Limão", em Santana, para atacar a visita oficial de José Sócrates à ilha, na passada sexta-feira. A postura institucional de Jardim durou dois dias. Na tarde de ontem tudo voltou ao normal.
O primeiro-ministro veio à região em viagem "excursionista" e com "falinhas mansas", disse Jardim. E se, para Sócrates, a Lei de Finanças Regionais é "justa" embora admita posição contrária, para Jardim não há meias medidas.
"Não nos venham enganar aqui para a Madeira com falinhas mansas. Não apareçam aí excursionistas a querer enganar o povo. Há um forte ataque à Madeira por razões políticas", disse. José Sócrates "tinha-se comprometido a respeitar a Lei de Finanças Regionais.
Não cumpriu. Fez outra (lei).
Isso significa que "entre 2007 e 2013 a região recebe menos 400 milhões de euros", portanto "não venham dizer que nos estão a dar dinheiro" porque as transferências do Orçamento do Estado são "uma compensação pelos impostos cobrados em Lisboa sobre os lucros das empresas com sede no continente mas obtidos na região".
Por outro lado, "não nos venham dizer que mandaram mais dinheiro" após a entrada em vigor do novo diploma porque esses montantes englobaram "verbas em atraso", garantiu. Jardim disse, ainda, que "a Madeira foi objecto da falta de consideração", recordando o "acordo entre o Estado e a região", no tempo em que Durão Barroso era primeiro-ministro.
Só que o actual Governo PS "não cumpriu. Não honrou a palavra do Estado. E andam uns tipos a almoçar com eles e bater-lhes palminhas", numa crítica aos empresários com ligações ao turismo que aceitaram o convite para, nesta deslocação, almoçarem com José Sócrates. Jardim não gostou nada do ver as imagens de "élan" entre algumas figuras jardinistas de décadas e o ministro Mário Lino mas, sobretudo, com Sócrates
E para avivar a memória, Jardim voltou a lembrar que durante cinco séculos e meio, "dois terços daquilo que o povo madeirense produziu foi levado para o Continente. Tiraram-nos quase tudo", referiu. Até "fizeram" uma lei que proíbe o governo regional de ser accionista do Jornal da Madeira para "ficar tudo na mão da esquerdalhada".
in DN
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Estava a ficar surpreendido com a moderação do soba...Agora sim...Voltou à normalidade...fico mais descansado...
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