Emílio Nunes Correia de Meneses (
Curitiba,
4 de julho de
1866 —
Rio de Janeiro,
6 de junho de
1918) foi um
jornalista e
poeta brasileiro, imortal da
Academia Brasileira de Letras e mestre dos
sonetos satíricos. Para
Glauco Mattoso, o poeta paranaense é o principal poeta satírico brasileiro após
Gregório de Mattos.
Índice
- 1 Biografia
- 2 Academia Brasileira de Letras
- 3 Obras
- 4 Um poema de Emílio
- 5 Ligações externas
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- A romã
- Mal se confrange na haste a corola sangrenta
- E o punício vigor das pétalas descora.
- Já no ovário fecundo e intumescido, aumenta
- O escrínio em que retém os seus tesouros. Flora!
- E ei-la exsurge a Romã. Fruta excelsa e opulenta
- Que de acesos rubis os lóculos colora
- E à casca orbicular, áurea e eritrina ostenta
- O ouro do entardecer e o paunásio da aurora!
- Fruta heráldica e real, em si, traz à coroa
- Que o cálice da flor lhe pôs com o mesmo afago
- Com que a Mãe Natureza os seres galardoa!
- Porém a forma hostil, de arremesso e de estrago,
- Lembra um dardo mortal que o espaço cruza e atroa
- Nos prélios ancestrais de Roma e de Cartago!
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