domingo, 31 de mayo de 2009

A Europa tão longe...

As Europeias do próximo domingo confrontam os portugueses com grandes dúvidas: que voto é este que só serve para castigar partidos no Governo? Que contas prestam os deputados europeus cuja inclusão em listas partidárias funciona como prémio de fidelidade aos líderes em funções?
A rubrica do Correio da Manhã ‘Nós, Portugueses’, que segue a cobertura da campanha às europeias, é um tesouro de reflexão. Ouve-se pessoas de regiões de onde partiram muitos emigrantes, que são os mais genuínos europeus da actualidade, e não se descobre ponta de interesse pelas instituições europeias.
O tempo continua dos estados nacionais da Europa, que só uma minoria (e não apenas na céptica Grã-Bretanha) gostaria de ver unidos. A integração incomoda e o federalismo a partir dos actuais estados assusta. O Tratado de Lisboa, que remendou a rejeitada Constituição Europeia, é tão pouco querido que nem aos portugueses entusiasma. No entanto, é indiscutível que com a utopia Europa se gerou uma medida influente na paz social.
As europeias parecem, contudo, uma votação tipo reality show para se saber quem ganha emprego no Parlamento Europeu.
A Europa, como realidade e utopia, está longe e parece apenas um álibi.
O voto, arma do povo, não é para aqui chamado.
João Vaz
in CM

Vasco Pulido Valente..."Se estivesse no lugar de Sócrates ia para casa"...

Entrevista

Agora, no PS, tudo é Vital...

A eleição para as europeias é vital para os jovens.
Também se avança, embora tardiamente, com o testamento vital. Vencer as eleições é vital para o país recuperar da crise. Na crise é vital proteger a pesquisa. Como é vital beber água Vitalis, a tal que desidrata.
É vital dar vida á avaliação dos professores. É vital rever para baixo as carreiras profissionais. Torna-se de urgência vital oferecer medicamentos genéricos a quem ganha menos que o salário mínimo, o que nem é difícil, tal é a vitalidade dos fundos da SS.
É vital dar subsídios aos idosos, sob a forma de complemento (vital) social aos idosos. É vital conseguir uma maioria absoluta nas legislativas. É vital conseguir vencer as autárquicas. É vital continuar a apoiar os capitalistas, como se tornou vital calar certas bocas incómodas. É vital que os preços dos combustíveis aumentem cada vez mais.
É vital que se paguem cada vez mais impostos.
Vital para quem?
Pois, para a vitalidade governativa, que corre o grave risco de ser ver privado de vida.
Logo, para o PS tudo é vital agora.
in P. Diário

A Manifestação dos Professores...

A terceira manifestação nacional de professores, em pouco mais de um ano, não registou a adesão recorde que se previa (segundo os sindicatos, participaram no desfile 80 mil professores enquanto a PSP referiu 55 mil pessoas), mas viu Mário Nogueira endureceu e politizar o seu discurso, como nunca antes.
E o Governo também não desvalorizou o protesto à normalidade democrática. Antes pelo contrário. Desta vez, foi o próprio primeiro-ministro que respondeu ao secretário-geral da Fenprof, não só para criticar a "partidarização" das lutas sindicais como para acusar a Oposição de "andar a reboque" dos sindicatos.
"Não podemos admitir que volte a funcionar uma maioria absoluta", afirmou o líder da Fenprof e porta-voz da Plataforma Sindical. Nogueira insistiu que "se não houvesse maioria" a avaliação e a divisão da carreira já teriam sido suspensas, assim como revistos o modelo de avaliação, a prova de ingresso ou o modelo de gestão escolar.
A saída de Maria de Lurdes Rodrigues já nem sequer é desejada, ontem, Nogueira defendeu que a ministra deve ficar até final do mandato para os professores "terem o prazer de a pôr a andar de outra maneira".
in JN

Portugal...Eleições Europeias...

Prevê-se que cerca de 5,5 milhões a 6 milhões de portugueses inscritos, entre 60% a 67% do eleitorado, não farão o mínimo esforço para cumprirem o dever de ir votar no próximo dia 7. Os votantes situar-se-ão à roda dos 3 milhões, ou talvez menos. O que significa que as eleições europeias continuam a ter uma importância muito relativa para a maioria dos portugueses.
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Claramente inferior à de eleições legislativas, presidenciais ou autárquicas (onde acorrem ao voto, em regra, mais 2 milhões a 2,5 milhões de eleitores). O que significa, também, que o Parlamento Europeu, a Comissão de Bruxelas e toda a estrutura do poder político comunitário são entidades distantes, mal conhecidas e que pouco dizem à maioria dos cidadãos.
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Quer isso dizer que as europeias de 7 de Junho são eleições politicamente pouco relevantes? Não, não quer, antes pelo contrário. A nível nacional, elas irão definir a grelha de partida e as expectativas de cada partido para as legislativas do final de Setembro.
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Para o PS e para Sócrates, a perspectiva de ficar agora atrás do PSD equivale a perder dinâmica de vitória e de liderança e a esquecer de vez a ilusão de uma maioria absoluta três meses e meio depois. Não é por acaso que Sócrates, limitado por um candidato que não cativa votos à esquerda nem alarga apoios ao centro, trocou a cadeira em S. Bento por intensivas acções de campanha.
No PSD, uma derrota nas europeias, as eleições mais favoráveis para captar o voto de descontentamento e capitalizar a crispação contra o Governo, implicaria o esvaziamento político-eleitoral imediato da liderança de Manuela Ferreira Leite. Espalhando o desânimo entre as bases e comprometendo irremediavelmente o resultado nas legislativas.
Para o PCP, a hipótese, a cada dia mais ameaçadora segundo as sondagens, de ser, pela primeira vez, ultrapassado em número de votos e apoiantes pelo Bloco de Esquerda, tem o peso de uma catástrofe histórica.
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As Europeias têm, pois, diversificados factores de interesse e relevância política, apesar da reduzida afluência eleitoral.
«O nosso principal adversário é a abstenção», não se cansa de alertar José Sócrates. E, na verdade, se esta subir dos 60%-65% para próximo dos 70%, o PS bem se pode preparar para uma indigesta noite eleitoral a 7 de Junho.
JAL
in SOL

O Intermediário...

Num café vai um individuo à casa de banho, e vê chegar outro com uma garrafa de cerveja e despejá-la no urinol.
- É pá, mas o que é que estás a fazer?
- Ó pá, já estou farto de sevir de intermediário.

Boris Pasternak...Foi um Escritor e Poeta Russo...Prémio Nobel de Literatura...

Boris Leonidovitch Pasternak (Moscou, 10 de fevereiro de 1890Peredelkino, 31 de maio de 1960) foi um poeta e romancista russo.
Biografia
Filho de um professor de pintura e de uma pianista, teve uma juventude em uma atmosfera cosmopolita. Estudou
Filosofia na Alemanha e retornou a Moscou em 1914, ano em que publicou sua primeira coleção de poesias.
Durante a
Primeira Guerra Mundial ele ensina e trabalha em uma usina química dos Urais, o que lhe deu matéria para a sua famosa saga Doctor Zhivago anos mais tarde.
Pasternak caiu em desgraça com as autoridades soviéticas durante os
anos 1930; acusado de subjetivismo, ele conseguiu, no entanto, não ser enviado a um Gulag.
Foi-lhe atribuído o
Prêmio Nobel de Literatura em 1958, mas ele não foi autorizado a recebê-lo por razões políticas.
Na
Rússia é mais conhecido como poeta do que romancista, em virtude que o livro Dr. Jivago não fez muito sucesso na antiga União Soviética por motivos políticos.
Sobre "Doutor Jivago"
Em 1958, Boris Pasternak publicou seu mais conhecido trabalho no mundo ocidental: o romance Doctor Zhivago (no português, Doutor Jivago). O livro não pôde ser publicado na então União Soviética, devido às críticas feitas ao regime comunista na obra.
Os originais do livro foram contrabandeados para fora da "Cortina de Ferro" e editados na Itália, tornando-se rapidamente em um verdadeiro best-seller, fazendo de Pasternak vencedor do Prêmio Nobel de Literatura.
Entretanto, pelo fato de ser um livro proibido pelo governo de Moscou, Pasternak foi impedido de receber o Nobel e acabou sendo obrigado a devolver a honraria.
A proibição da publicação de Dr. Jivago dentro da União Soviética vigorou até 1989, quando a política de abertura de Mikhail Gorbatchev, então líder da URSS, liberou a publicação da obra. Somente neste ano, os russos puderam conhecer a saga de Jivago.
Em 1965, Doutor Jivago ganhou uma adaptação para o cinema, com Omar Shariff, no papel principal. O filme ficou famoso também por sua grande trilha sonora, Theme´s Lara. Entretanto, Pasternak não viveu para ver seu livro adaptado para as telas. Ele morreu em 1960.

sábado, 30 de mayo de 2009

O país enlouqueceu...

O caso BPN demonstra bem a degradação geral do regime. Bastou ver e ouvir a comissão de inquérito: se aquilo não foi uma reunião de amigos, à volta de umas cervejas, o que foi aquilo?
Os deputados riram com as piadas de Oliveira e Costa; Oliveira e Costa, apontado como o principal responsável por um buraco que já custou dois mil milhões aos portugueses, disparou sobre todos, excepto sobre as suas próprias culpas no cartório; os deputados acharam por bem não questioná-las.
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Mas o melhor veio a seguir: Dias Loureiro, que não tinha motivos para a demissão, subitamente encontrou-os; os partidos aplaudiram o gesto, incluindo o PS, que manifestamente esqueceu o caso Lopes da Mota; e, para finalizar, o Ministério Público já avisou que ouvir Dias Loureiro, agora disponível, não é uma prioridade.
Só uma pergunta: é do calor ou o país enlouqueceu?
João Pereira Coutinho
in CM

Hoje...Professores prometem voltar a encher Avenida...

Apesar de o desgaste do final do ano lectivo não aconselhar a grandes optimismos, Plataforma Sindical acredita em manifestação "comparável" às anteriores, com cerca de 80 mil pessoas.
A grande meta é pressionar o futuro Governo.

Pinócrates...Para Não Esquecer...

Os estilos das campanhas...

No início da campanha eleitoral para as europeias, Sócrates fez par com Zapatero em comícios partidários: em Valência, Sócrates puxou do papel e dirigiu-se em castelhano aos espanhóis, em Coimbra, Zapatero puxou do papel e falou castelhano aos portugueses…
Bem sei que Lurdes Rodrigues anda a responder à procura crescente do castelhano com professores certificados com um curso tipo Novas Oportunidades do Instituto Cervantes, tentando passar para trás quem têm competências próprias em espanhol.
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Seja como for, em termos políticos, só há uma de duas alternativas: ou o Instituto Camões oferece um curso acelerado a Zapatero para ver se, da próxima vez que se encontrar com Sócrates, pode "arranhar" o português tanto quanto Sócrates "arranhou" no sábado o castelhano, ou Sócrates deverá também falar em português nos comícios do PSOE onde entenda estar presente. É que, queira ou não queira o nosso (ainda) Primeiro, é com estes sinais que se dá a exacta noção da igualdade entre Estados nesta construção europeia para a qual os dois pediram votos.
É que, queira ou não queira o nosso (ainda) Primeiro, é também com estes sinais que se mede a verdadeira parceria das relações ibéricas, políticas, económicas e culturais.
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Enquanto as duas figuras de proa do chamado socialismo post-moderno da regulação neoliberal voavam de Valência a Coimbra, enquanto Ferreira Leite e Rangel faziam uma conferência para algumas dezenas de candidatos e elites partidárias disfarçadas de povo, enquanto Melo e Portas se enganavam no dia de uma feira onde não encontraram ninguém, enquanto Louçã e Portas falavam em primeiro plano para os media, evitando os grandes planos da distribuição de cumprimentos, Jerónimo e Ilda passeavam-se em Lisboa com mais de oitenta mil, impedindo assim que os escondessem ou remetessem para rodapé de jornais.
Uma verdadeira torrente de vontade e gente que vai contar muito para libertar o país desta maioria absoluta sem sentido.
Honório Novo
in JN

HOMENS SEM QUALIDADES...

O dr. Cavaco, verdadeiramente, nunca foi bem um político ou estadista convincente e providencial. Um chefe que inspirasse confiança. Um espírito à altura do seu papel. Para tal era preciso carácter, integridade, autoridade pessoal, lucidez, vigor, cultura. Não era necessário ser intelectualmente grande, bastava prudência e sinceridade pela "coisa" pública.
No invés, o dr. Cavaco apenas quis sobreviver para a sua viagem pessoal, mesmo quanto sugeria estar a tutelar os desígnios pátrios. Sorte grande a sua, desilusão a de todos nós.
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As vagas teorias sobre a Democracia, Portugal ou a Europa desse filho pródigo de alguma direita saudosa (o novo Messias) morreram logo na razão dos curiosos desmandos que a sua governação divulgou. A felicidade pública do nativo, artificialmente excitada, expirou mesmo antes de se avistar a "aritmética economista" do seu vindouro "oásis". Como diria Ramalho Ortigão: "os deuses eram de palha".
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O dr. Cavaco não nos salvou da ruína, da decadência, não modificou o regime ou o sistema político, não soube construiu uma Res Publica, uma democracia. Apenas se rodeou no poder (sem que qualquer indignação se lhe visse) de um sem número de "adesivos" ou curiosos "senadores" que, mesmo aparentemente servis, astutamente o utilizaram para despojarem o orçamento do Estado. Os seus "procuradores do povo" arrumaram, antes de tudo, a sua própria clientela e souberam bem representar os seus interesses pessoais. O dr. Cavaco, no meio do seu azedume contra a canalha, só conduziu o país para a confusão e abuso de uma "rede clientelar" de consequências absolutamente desastrosas.
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A política pós-Cavaco passou a ser uma "questão de compadres", de intrigas e as "avenidas do futuro" construídas, herança da sua obra financeira, foram um inegável "brinde" aos novos caudilhos. A trágica destruição das instituições, o desamparo à sociedade civil, o cansaço e a desmoralização a que hoje assistimos (e a que estamos condenados) venceram-nos definitivamente.
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Não por acaso estes dias irae da desvairada governação do regedor Sócrates são consequência funesta disso tudo. A lista dos Dias Loureiros, Oliveira e Costa, os prebentados de Macau, os melífluos Constâncios, o Lopes da Mota e os Freeport intermináveis que lentamente surgem, não têm fim à vista. A degeneração é total. Não há que estranhar!
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NOTA: O dr. Cavaco, depois do pedido de demissão de Dias Loureiro do Conselho de Estado, disse que não distingue "um de outro dos 19 conselheiros de Estado" e que todos lhe mereciam "igual respeito".
Esta infeliz observação é quase um insulto ao próprio Conselho de Estado e, reconhecidamente, os conselheiros não mereciam tal "entusiasmo".
O dr. Cavaco fez de Dias Loureiro o cérebro da sua campanha presidencial, levou-o para o Conselho de Estado e fez a sua apologia até ao fim.
Que mais imprevistos ou incidentes precisamos de assinalar?
in Blog Almocreve das Petas

Alentejo da minh`alma...

Estão 3 alentejanos a dormir à sombra de um chaparro quando passa uma mota a 150Km/h, passados 15 minutos diz um alentejano:-
Era uma Honda.
Passados outros 15 minutos diz outro alentejano:
- Não era nada, era uma Kawasaki.
Passados mais 30 minutos diz o terceiro:
- Eu vou-me embora que não gosto de discussões.

Voltaire...foi um Filósofo Iluminista Francês...

François-Marie Arouet (Paris, 21 de novembro de 1694 — Paris, 30 de maio de 1778), mais conhecido pelo pseudônimo Voltaire, foi um escritor, ensaísta, deísta e filósofo iluminista francês conhecido pela sua perspicácia e espirituosidade na defesa das liberdades civis, inclusive liberdade religiosa e livre comércio.
Voltaire foi um escritor prolífico, e produziu obras em quase todas as formas
literárias, assinando peças de teatro, poemas, romances, ensaios, obras científicas e históricas, mais de 20 mil cartas e mais de 2 mil livros e panfletos.
Ele foi um defensor aberto da
reforma social apesar das rígidas leis de censura e severas punições para quem as quebrasse. Um polemista satírico, ele frequentemente usou suas obras para criticar a Igreja Católica e as instituições francesas do seu tempo.
Voltaire foi um dentre muitas figuras do Iluminismo (juntamente com
John Locke e Thomas Hobbes) cujas obras e idéias influenciaram pensadores importantes tanto da Revolução Francesa quanto da Americana.
Índice
1 Idéias
2 Carreira
3 Obras
4 Ver também
5 Ligações externas

viernes, 29 de mayo de 2009

Caso Alexandra...Palmadas russas...

Ministros ‘incomodados’ já são uns quantos. Juízes ‘chocados’ são vários. O próprio relator do acórdão que entregou Alexandra à mãe biológica ficou “perplexo” quando viu as imagens desta a dar umas palmadas na filha.
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Estas palmadas russas na criança são, metaforicamente, também para a Justiça e Estado português. O juiz decidiu, como disse, perante “os factos que estavam no processo”. Não falou com ninguém, analisou o que tinha sido julgado na primeira instância mas fez uma valoração diferente dos factos.
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A sua livre apreciação da causa foi tão radicalmente diferente do tribunal inferior que o levou a apontar uma “maternidade serôdia” à mãe de acolhimento.
Não quis julgar a mãe biológica pelo quadro que era estabelecido pelos técnicos da Segurança Social, mas não se coibiu de arrasar a outra parte. Já agora, baseado em quê? Em que factos?
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A liberdade de decisão do juiz não se discute, mas a verdade é que esta não está a resistir a umas simples imagens das palmadas e a um lamentável quadro de exposição da criança a circunstâncias que cheiram a negócio.
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Uma coisa este caso demonstra: os processos de menores não podem ser decididos em circunstâncias destas. Um monte de papel, factos avaliados à distância das pessoas, pura consideração de um determinismo biológico como critério dominante.
É tal a ‘defesa da família’ que, tantas vezes, a pura realidade é atirada para o caixote do lixo.
Eduardo Dâmaso
in CM

Coisas do Arco-da-Velha...Embaixada lusa recebia prostitutas...

O embaixador de Portugal em Dakar, António Montenegro, foi afastado do cargo por, entre outras suspeitas, permitir que redes de prostituição frequentassem a embaixada, noticia a imprensa local.
O Ministério português dos Negócios Estrangeiros confirmou ao CM que o responsável está a ser alvo de um processo de averiguações.
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Mais um político português...Pequenino e promíscuo...
É o que temos e não há volta a dar-lhe...

"Proteger a democracia"...

O"pequeno líder" socialista açoriano ambiciona, está visto, ser "grande líder" e já anda a apresentar publicamente "grandes ideias". A última é obrigar os cidadãos, visto que a maior parte não o faz de livre vontade, a votar.
Diz a Lusa que "Carlos César [defende] o voto obrigatório nas eleições em Portugal como forma de 'proteger' a democracia". César pretende "proteger" a democracia …dos cidadãos. Como? Tirando-lhes liberdade.
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Tendo acorrido em massa às urnas no pós-25 de Abril, os cidadãos deixaram pouco a pouco de o fazer porque concluíram que não valia a pena. E quem os levou a tal conclusão foram políticos como Carlos César, que governa os Açores com uma "maioria absoluta" de… 20,8% (40 mil votos, em mais de 192 mil inscritos).
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Nas últimas eleições, 53% dos açorianos (essa sim, a maioria absoluta) fizeram um manguito a César e congéneres e ficaram em casa. São esses que ele quer agora obrigar, a bem ou a mal, a confiar nos políticos.
Não lhe passa, claro, pela cabeça "proteger" a democracia dos políticos. Obrigando-os, por exemplo (seria um bom começo), a cumprir promessas eleitorais.
in JN

Carminho...Uma nova Voz no Fado...

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Ri-se com o desplante de uma garota de 24 anos. Mas ouçam-na cantar: voz tremenda, pura força da natureza, voz adulta, funda, não parece ter a idade que tem.
Como é que uma garota pode ter tanto fado?

A situação de Vítor Constâncio...

À semelhança de Manuel Dias Loureiro, Vítor Constâncio é inamovível do Banco de Portugal. Isto significa que não pode ser demitido. Mas, tal como o ex-conselheiro de Estado, são questionáveis as condições objectivas que mantém para o exercício do cargo de supervisor e regulador do sistema bancário nacional.
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À luz do que se vai sabendo do caso BPN, e tendo no "currículo" outros casos em que a supervisão falhou redondamente - BCP e BPP -, é manifesto que o governador do Banco de Portugal está numa situação cada vez mais frágil.
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Ao supervisor do sistema bancário exige-se que seja pró-activo e não passivo, como manifestamente tem sido a atitude de Vítor Constâncio. Tal como ao procurador-geral da República ou à CMVM, exige-se ao Banco de Portugal que, perante todo e qualquer rumor nos mercados e no sector financeiro, actue e investigue.
E pelo menos desde 2002 que há rumores sobre o que se passava no BPN.
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Não colhe, por isso, a argumentação de Vítor Constâncio de que não sabia de nada. Se não sabia, foi porque não quis saber ou quis saber pouco. E até o PS já percebeu isso mesmo.
É evidente que não é legítimo nem aceitável tratar da mesma forma o "ladrão" e o "polícia". Mas, perante a incompetência e a incúria, o "polícia" tem de ser sancionado.
A punição do "ladrão" está em curso - Oliveira Costa está em prisão preventiva e a investigação judicial prossegue.
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Mas, e a imagem é esta, se um polícia fecha os olhos ou vira a cara a algo que se assemelhe a um assalto, não pode continuar a ser polícia.
É o que se passou com Vítor Constâncio e que o relatório da comissão de inquérito ao caso BPN irá demonstrar.
in Editorial do DN

Caso BPN...Um banqueiro no confessionário...





Professores em Luta...

Diverte-me muitíssimo que nos reunamos para dizer adeus a este ministério. Porque é o que irá acontecer. Aqui há uns tempos sugeri um modelo de manifestação mais festivo, com canções e alegria. Era por isto. Por saber que há hoje, mais do que antes havia, muitas razões para esse júbilo.
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Voltarmos a Lisboa exige, portanto, uma outra atitude: é uma celebração antecipada. Por mim, vou a Lisboa deitar foguetes antes da festa.
E irei levando comigo essa minha saloia satisfação, porque sei que esta, ao contrário de todas as outras, representa o selo histórico que há muito todos os professores desejam carimbar: o adeus a esta equipa ministerial.
in Blog A Sinistra Ministra
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Todos à Manifestação...

Queda Livre...

O instrutor de paraquedistas:
- Contam todos até dez para abrirem o pára-quedas, OK???
No ar, já todos com o pára-quedas aberto, começa a cair um vertiginosamente.
Diz outro:
- Olhem, lá vai o gago..

Juan Ramón Jiménez...foi um Poeta Modernista Espanhol e Prémio Nobel de Literatura...

Juan Ramón Jiménez Mantecón (Moguer, 23 de dezembro de 1881San Juan, 29 de maio de 1958) foi um poeta espanhol.
Biografia
Em 1983 Juan Ramón foi como aluno interno para o colégio de jesuítas do porto de Santa Maria (C´dis), onde fez os estudos secundários até 1896. Aí escreveu os primeiros versos.
No Outono de 1896 foi para Sevilha estudar Direito, por vontade paterna, e pintura, por gosto próprio. Começou a ler os poetas espanhóis mais famosos da época: Gustavo Adolfo Bécquer, Rosalía de Castro, Curros Enríquez, e românticos franceses e alemães.
De regresso a Moguer, em 1899, correspondeu-se com Salvador Rueda - poeta introdutor do modernismo em Espanha - e Francisco Villaespesa, que abriu a Jun Ramón as portas da vida literária da capital, onde o modernismo começava a triunfar.

Deslocou-se para a Madrid em Abril de 1900, ocorrendo pouco tempo depois a morte repentina do seu pai, que lhe causou um traumatismo para toda a vida: o pavor da morte súbita e o consequente desejo de ter sempre próximo de si um médico.
No princípio de 1905 voltou para Moguer, dominado por implacável neurose, em busca de repouso e ternura familiar.
Em 1913 conheceu Zenobia Camprubí Aymar, mulher graciosa, culta, de espírito sensível e apaixonada pelo poeta e pela sua obra, com quem casou em 1916. O amor e o casamento tornam-se então motivos para um dos melhores livros de Juan Ramón, Diario de un poeta recién casado.
Depois de sucessivas viagens e hospitalizações por motivo das frequentes depressões nervosas do poeta, Juan Ramón e Zenobia mudam-se para Porto Rico.

O poeta ganhou o Prémio Nobel da Literatura em 1956, morreu a 29 de Maio de 1958.
Escrever sobre Juan Ramón Jímenez obriga a falar de modernismo: a sua poesia foi, no começo, influenciada pelo movimento e fez depois evoluir o modernismo espanhol.

Assim iniciada, a poesia de Juan Ramón começou por obedecer às leis deste amplo movimento: um esteticismo de raiz romântica, predominantemente sentimental, em que o eu é quase sempre o centro do poema, com os seus lamentos, uma visão idílica da natureza, uma sensualidade difusa, paisagens que são reflexo do seu espírito inquieto e por vezes mórbido, da consciência que lhe revela a transitoriedade humana, o abismo da beleza inatingível indiferente a essa transitoriedade.
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Poema
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Eu não voltarei. E a noite
morna, serena, calada,
adormecerá tudo, sob
sua lua solitária.
Meu corpo estará ausente,
e pela janela alta
entrará a brisa fresca
a perguntar por minha alma.
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Ignoro se alguém me aguarda
de ausência tão prolongada,
ou beija a minha lembrança
entre carícias e lágrimas.
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Mas haverá estrelas, flores
e suspiros e esperanças,
e amor nas alamedas,
sob a sombra das ramagens.
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E tocará esse piano
como nesta noite plácida,
não havendo quem o escute,
a pensar, nesta varanda.

jueves, 28 de mayo de 2009

Há dias sim, há dias não...

Sinceramente não se percebe o que foi fazer Manuel Dias Loureiro à SIC, no dia em que anunciou a sua demissão do Conselho de Estado. O ar descontraído e bem-disposto que revelou à chegada a Carnaxide era, afinal, apenas isso: ar.
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Porque quando Rodrigo Guedes de Carvalho começou a entrevista, confrontando-o com o “assassinato de carácter” que Oliveira e Costa lhe tinha feito na véspera no Parlamento, Dias Loureiro avisou logo, com ar crispado, que não ia comentar as declarações do seu ex-patrão no BPN e na SLN.
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Ora, afinal, o que disse o ex-conselheiro de Estado aos portugueses no intervalo da final da Liga dos Campeões? Nada. Pior ainda. Os argumentos que o levaram a recusar a demissão nos últimos sete meses são exactamente os mesmos que usou ontem à noite para justificar a sua demissão. É mau demais para ser verdade.
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E depois ainda teve tempo para se mostrar muito chocado com a manchete do CM em que se noticiava o facto de estar sob investigação do Ministério Público. Esfarrapado argumento para um homem que nestes sete meses ouviu muitos conselheiros de Estado e dirigentes do seu próprio partido pedirem a sua demissão para evitar embaraços ao Presidente da República.
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Rodrigo Guedes de Carvalho, afinal, até teve razão quando disse que Dias Loureiro se tinha demitido do Conselho de Estádio.
Porque o que se passou ontem é mais digno da bola do que da política.
António Ribeiro Ferreira
in CM

Coisas do Arco-da-Velha...Oficial desarmado dá curso de tiro...

Pistola foi-lhe tirada devido a problemas psicológicos
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Um comissário da PSP, alvo de uma medida compulsiva de desarmamento decidida pelo director nacional desta força de segurança, foi colocado na Guiné-Bissau para ministrar um curso de Reciclagem em Técnicas de Intervenção Policial, que tem o tiro como uma das vertentes.
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Palavras para quê???...

Caso Alexandra: Jornal russo contesta decisão judicial...

O diário russo "Komsomolskaia Pravda" escreve hoje que a chegada de Alexandra à Rússia, que a mãe biológica apresenta como uma vitória sua sobre a Justiça portuguesa, está longe de ser tão brilhante como ela desejaria.
"A mãe de Alexandra apresenta o regresso da filha à Rússia como sua vitória pessoal na luta contra a Justiça portuguesa. Mas essa vitória mostrou não ser tão brilhante como desejaria Natália Zarubina", escreve a edição do tablóide.
As jornalistas do diário russo relatam: "Casa velha, pontas de cigaro numa lata de conservas, fumo de tabaco dentro de casa e parentes bebâdos ou de ressaca, rodeiam agora a 'nova' infância de Alexandra".
"A mamã fica artisticamente sensibilizada com um raminho de flores que a filha lhe oferece, não se esquecendo, ao mesmo tempo, de, em frente das câmaras de televisão, dar umas palmadas à menina pela 'educação portuguesa'", ironizam as jornalistas.
"A criança não compreende russo. Segundo o seu avô, Serguei Nikolaevitch, eles aprenderão mais depressa português do que a menina aprenderá a grande e poderosa (adjectivos que os russos empregam para sublinhar a importância da língua russa) língua nacional. Em Setembro, ela deve ir para o infantário, mas desconhece-se como irá contactar com outras crianças. Agora, ela brinca apenas com o seu primo", continuam.
As jornalistas chamam também atenção para o facto de Alexandra não ter quarto próprio e viver no mesmo quarto com a mãe e a avó. O "Komsomolskaia Pravda" adianta que este processo está a ter forte repercussão na opinião pública russa.
A menina, de seis anos e filha de uma ex-imigrante russa, estava à guarda de uma família de Barcelos há quatro anos, mas uma decisão judicial de 2008 determinou que fosse devolvida à família biológica, apesar dos problemas de alcoolismo que os técnicos referenciaram na mãe.
O pai, um imigrante ucraniano, vive actualmente em Espanha.
Na semana passada, a criança, que fala apenas português, passou a viver com a mãe e a avó numa cidade russa, a 350 quilómetros de Moscovo.
in Expresso
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A Justiça em cartoons...

Barça é rei da Europa...

Um remate de Eto'o, outro de Messi abateram o Manchester United (2-0) na final da Liga dos Campeões, disputada, esta quarta-feira, em Roma. O Barcelona sagrou-se campeão continental pela terceira vez, destronando os "red devils".
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Como é tradição da Liga dos Campeões, tal como a conhecemos, desde 1992, nos formatos actuais, também o United não foi capaz de renovar o título. E assim o super-Barça concluiu a época de todas as vitórias, com um brilhante "triplete": Liga, Taça e Liga dos Campeões, sob a orientação de um treinador que foi um mítico jogador da casa e que, aos 38 anos, após tirocínio na equipa B, não podia começar melhor a carreira. É o mesmo Guardiola que, como jogador, como capitão, ergueu a primeira taça das orelhas grandes conquistada pelo clube, em 1992.
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Por muito que custe aos adeptos do Barça, o triunfo de ontem contou, também, para fazer da Espanha a nação mais titulada da história da competição, com 12 títulos (o R. Madrid ganhou nove).

Messi ficou com os holofotes e com a taça, Ronaldo ficou com a medalha de presença, uma consolação simples e cerimoniosa.
Foi, também, muito provavelmente, o passar de testemunho para a atribuição da Bola de Ouro de 2009.
in JN
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E Ronaldo???...Alguém o viu???...

Dias Loureiro...A ascensão e a queda de um político...

Em 1981, Dias Loureiro ganhava menos de cinquenta contos por mês como governador civil de Coimbra; vinte anos depois, declarou, em sede de IRS, mais do que Belmiro de Azevedo.
Frequentemente apontado como um dos homens mais poderosos e ricos do país, a sua ascensão sempre foi alvo de "mau olhado". Em diversas entrevistas repetiu que o segredo do seu sucesso foi nunca "ter como objectivo enriquecer".
É como na política, argumentou diversas vezes: "Quem só está preocupado em ganhar votos, perde. Ganhar dinheiro, como ganhar votos, tem de ser consequência de coisas que se fazem bem feitas". O seu lema de vida, foi-lhe transmitido pelo seu tio-avô padre: "Faz bem o que fizeres".
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Manuel Joaquim Dias Loureiro nasceu em Aguiar da Beira a 18 Dezembro de 1951. É filho de dois comerciantes e tem sete irmãos. Nos tempos de faculdade, há quem se recorde que ao contrário da maioria dos colegas ia a casa, aos fins-de-semana, de camioneta e usava samarras muito coçadas. Entrou no PSD pela mão de Carlos Encarnação e Ângelo Correia mas foi com Cavaco Silva que a sua influência cresceu de forma avassaladora no partido.
Amigo pessoal do presidente da República, acompanhou-o desde o primeiro dia da sua presidência do PSD até à confirmação dos resultados nas presidenciais.
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Na sua autobiografia, Cavaco revelou não o ter convidado para o seu primeiro Governo, em 1985, "pela simples razão de não poder prescindir dele no partido". No segundo mandato, no entanto, Dias Loureiro foi ministro dos Assuntos Parlamentares, entre 1987 e 1991; e na segunda maioria PSD, ministro da Administração Interna até 1995.
"Quando saí da política não tinha dinheiro nenhum", repetiu em entrevistas. O ex-ministro assumiu sempre, no entanto, que foram as amizades feitas nesses anos que o ajudaram depois de 1995 a construir a sua fortuna.
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Em 1991 deixou o apartamento no bairro de Benfica, em Lisboa, e foi viver para uma vivenda no Estoril - uma das zonas mais caras do país. O semanário Expresso questionou, na altura, como um salário de ministro poderia suportar a mudança. Dias Loureiro justificou-se com uma herança e respondeu: "Quem não tem a consciência tranquila em relação ao dinheiro pode tentar escondê-lo. Quem tem a consciência tranquila pode fazer o que entender".
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Quando saiu do Governo, aceitou o desafio de José Roquette pata integrar a Pleîade. A fortuna começa nessa altura a crescer. Em 2000, Roquette manifesta-se cansado e decide vender o grupo. É José Oliveira e Costa que compra por 11 milhões de contos. Dias Loureiro recebe, então, mais de um milhão de euros e investe em acções da SLN e torna-se administrador executivo do grupo detentor do BPN.
in JN

Um Bêbado na Noite...

Altas horas da madrugada, um casal acorda ao som insistente da campainha da porta.
O dono da casa levanta-se e, pela janela, pergunta:
- O que é que você quer?
- Olá. Eu sei que é tarde. Mas preciso que alguém me empurre. A sua casa é a única nesta região.Só você me pode empurrar!
Louco de todo, o recém-acordado replica:
- Eu não o conheço. São 4 horas da madrugada e pede-me para o ajudar?Ah!, Vá é cagar! Você está bêbado.
E volta para a cama.
A mulher,que também acordara,não gostou da atitude do marido:
- Exageraste! Já ficaste sem bateria aqui há pouco tempo. Bem podiaster ajudado o indivíduo.
- Empurrá-lo? Ele está é bêbado - desculpa-se o marido.
- Mais um motivo para o ajudares insiste a mulher. - Ele não vaiconseguir andar sozinho.Logo tu, que sempre és tão prestável...
Mordido pelos remorsos, o marido veste-se e vai para a rua:
- Hei, eu vou te ajudar! Onde é que estás?
E o bêbado, gritando do fundo do jardim:
- Aqui, no baloiço! ...

Ian Fleming...foi um escritor britânico e criador de James Bond...

Sir Ian Lancaster Fleming (Londres, 28 de Maio de 1908Cantuária, 12 de Agosto de 1964) foi um jornalista, escritor e agente do serviço secreto britânico durante a Segunda Guerra Mundial. Tornou-se célebre por ter criado o personagem James Bond, mais conhecido como 007.
Índice
1 Biografia
2 Segunda guerra mundial
3 Carreira como escritor
4 Bibliografia
5 Curiosidades

miércoles, 27 de mayo de 2009

O fim de Dias Loureiro

Traição, vingança, conspiração. A maior novela portuguesa contemporânea é o caso BPN. Já se sabia, mas ontem, com a audição de Oliveira e Costa no Parlamento, ficámos com a mais terrível das certezas: esta é a maior e também a mais indecorosa novela portuguesa dos tempos modernos, com manifesto reflexo na credibilidade dos políticos, dos partidos, dos banqueiros e das instituições.
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Os despojos finais do cavaquismo foram ontem penosamente exibidos por Oliveira e Costa no Parlamento. O antigo secretário de Estado dos Assuntos Fiscais deixou claro que não tenciona ser o único culpado do caso BPN. Nem em termos judiciais, nem políticos.
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Ficou claro, se ainda havia dúvidas, que a carreira pública e política de Dias Loureiro acabou e que não é minimamente sustentável a sua continuidade no Conselho de Estado. Cada dia que passar com o antigo ministro neste órgão serão machadadas na já pouca credibilidade das instituições.
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Ficou também muito claro o desafio para a Justiça. Perante o extraordinário trabalho da comissão parlamentar – um verdadeiro oásis nos tempos que correm –, o Ministério Público está obrigado a abrir o caminho de saída do actual pântano.
Doa a quem doer.
É um caminho de sentido único, pois a alternativa é o descalabro total do País...
Eduardo Dâmaso
in CM

Quem tem medo de Manuela Moura Guedes?...

A peixeirada entre Manuela Moura Guedes e António Marinho Pinto não foi um momento edificante, é certo. Mas convinha que ela não fosse aproveitada para alimentar o desejo mal escondido de muito boa gente: acabar de vez com o Jornal Nacional de sexta-feira e enviar Moura Guedes de volta para a prateleira da TVI.
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Os defensores do Portugal compostinho certamente aplaudiriam a decisão, com o argumento de que "aquilo não é jornalismo". Só que o País ficaria a perder. Porque apesar do sensacionalismo e da ocasional falta de rigor do seu Jornal Nacional - que deve ser apontado quando ocorre, se necessário aos gritos, como fez Marinho Pinto -, há ali um desejo de incomodar, de denunciar, de escarafunchar, de meter o nariz nos podres do poder que a comunicação social portuguesa precisa como de pão para a boca.
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Manuela Moura Guedes não é a pivot com que eu mais gosto de acompanhar o jantar. No entanto, ainda sei distinguir o estilo do conteúdo. O facto de ela despejar o frasco da demagogia por cima de todos os textos que lançam as peças, sempre com aquele tonzinho de "isto é tudo uma corja", não significa que as notícias do Jornal Nacional, em si, não sejam relevantes. Hoje em dia nós aguardamos pelo telejornal de Moura Guedes como no tempo do cavaquismo aguardávamos pelo Independente.
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Ora, esse "deixa cá ver de que forma é que eles vão estragar o fim-de-semana ao primeiro-ministro" é de uma enorme importância num país como Portugal, cuja cultura democrática está ligeiramente acima da da Venezuela e o Governo tem um poder absolutamente excessivo sobre as nossas vidas.
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Dir-me-ão que aquilo é desequilibrado e injusto. Muitas vezes, sim. Tal como o Independente. E para dirimir os excessos existem tribunais. O próprio Independente foi condenado em vários processos - mas o seu papel foi inestimável. É que o que está em causa não é a nossa identificação com aquele tipo de noticiário. É, isso sim, a defesa da sua existência num país onde o primeiro-ministro diz que um dia feliz é um dia em que o seu nome não sai nos jornais, lapso freudiano bem revelador do seu desejo de silenciar.
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As intervenções histriónicas de Manuela Moura Guedes estão à vista de todos, e por isso ela está sujeita a ser criticada da mesma forma que critica. O que não está à vista de todos - e por isso é bastante mais perverso - são os jornalistas que calam, que não arriscam, que se retraem com medo das consequências.
O Jornal Nacional tem muitos defeitos, mas pelo menos tem uma independência e uma capacidade de incomodar que advém da mais preciosa das liberdades: a das empresas que têm sucesso, dão dinheiro, e não precisam dos favores do Estado.
Em Portugal, infelizmente, isso é um bem raro. Convém proteger os casos que existem.
João Miguel Tavares
in DN

O senhor dos anéis...

Oliveira e Costa acusa Dias Loureiro de mentir...

BPN
Durou oito horas a audição de Oliveira e Costa perante a comissão parlamentar de inquérito ao ‘caso BPN’. O ex-presidente do BPN apontou o dedo ao empresário Joaquim Coimbra e disse que a entrada de Cadilhe saiu cara ao banco.
Sobre Dias Loureiro, acusou-o de ter mentido: «A verdade está com António Marta»

O Caso da Alexandra...

Alexandra, a menina, de cinco anos, retirada aos pais de acolhimento, foi entregue à mãe biológica, russa e a viver na Rússia, na semana passada, após decisão dos tribunais portugueses.
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A Mãe canta vitória e criticou "a educação estúpida portuguesa" durante uma reportagem televisiva, destacando-se ao dar umas palmadas e um empurrão a Alexandra, que se expressa em português, por não saber falar russo.
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TV russa mostra Alexandra a levar umas palmadas

Professores em Luta...

Manifesto Conjunto
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Subscrevo:
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Encontramo-nos Sábado
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1) Este governo desfigurou a escola pública. O modelo de avaliação docente que tentou implementar é uma fraude que só prejudica alunos, pais e professores. Partir a carreira docente em duas, de uma forma arbitrária e injusta, só teve uma motivação economicista, e promove o individualismo em vez do trabalho em equipa. A imposição dos directores burocratiza o ensino e diminui a democracia. Em nome da pacificação das escolas e de um ensino de qualidade, é urgente revogar estas medidas.
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2) Os professores e as professoras já mostraram que recusam estas políticas. 8 de Março, 8 de Novembro, 15 de Novembro, duas greves massivas, são momentos que não se esquecem e que despertaram o país. Os professores e as professoras deixaram bem claro que não se deixam intimidar e que não sacrificam a qualidade da escola pública.
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3) Num momento de eleições, em que se debatem as escolhas para o país e para a Europa, em que todos devem assumir os seus compromissos, os professores têm uma palavra a dizer. O governo quis cantar vitória mas é a educação que está a perder. Os professores e as professoras não aceitam a arrogância e não desistem desta luta: sair à rua em força é arriscar um futuro diferente. Saír à rua, todos juntos outra vez, é o que teme o governo e é do que a escola pública precisa.
Por isso, encontramo-nos no próximo sábado.
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Subscrevem:Os blogues: A Educação do Meu Umbigo (Paulo Guinote), ProfAvaliação (Ramiro Marques), Correntes (Paulo Prudêncio), (Re)Flexões (Francisco Santos), Educação SA (Reitor), O Estado da Educação (Mário Carneiro), Professores Lusos (Ricardo M.), Outròólhar (Miguel Pinto), O Cartel (Brit.com, Advogado do Diabo)
Os movimentos: APEDE (Associação de Professores em Defesa do Ensino), MUP (Movimento Mobilização e Unidade dos Professores), PROmova (Movimento de Valorização dos Professores), MEP (Movimento Escola Pública), CDEP (Comissão em Defesa da Escola Pública)

in Blog A Sinistra Ministra

Os Gatinhos do PS...

O Joãozinho chega à escola e diz à Sra. Professora:
- A minha gatinha teve 4 gatinhos e são todos do PS.
A professora fica muito espantada com a saída da criança.
No outro dia o Director vai visitar a escola e a Professora como achou muita piada ao miúdo, pergunta:
- Joãozinho diga lá o que aconteceu à sua gatinha?
Diz o Joãozinho:
- A minha gatinha teve 4 gatinhos e 2 são do PS.
A Professora fica intrigada e diz:
- Então não eram os 4 do PS?
Responde o Joãozinho:
- É que 2 já abriram os olhos...

Niccolò Paganini...foi um Compositor Italiano e virtuoso do violino ...

Niccolò Paganini (Gênova, 27 de outubro 1782Nice, 27 de maio 1840) foi um compositor e violinísta italiano que revolucionou a arte de tocar violino, e deixou a sua marca como um dos pilares da moderna técnica de violino.
O seu caprice em Lá menor, Op. 1 No. 24 está entre suas composições mais conhecidas, e serve de inspiração para outros proeminentes artistas como Johannes Brahms e Sergei Rachmaninoff.
Índice
1 Vida
2 Legado
3 Lista de composições
4 Outras obras inspiradas por Paganini
5 Referências
6 Bibliografia
7 Ligações externas
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Jascha Heifetz interpreta: Paganini Caprice No. 24

martes, 26 de mayo de 2009

Oliveira e os conselheiros...

Finalmente Oliveira e Costa, o primeiro banqueiro português preso durante o regime democrático, vai falar.
O homem que até agora tem sido sacrificado pelos seus antigos pares e colaboradores como o único responsável pelo descalabro do Banco Português de Negócios, que custará aos contribuintes portugueses pelo menos dois mil milhões de euros, vai hoje ao Parlamento defender a sua honra e talvez atacar os seus antigos leais conselheiros, que ganharam comissões em fabulosos negócios de offshores, e que agora, como o próprio disse, parecem "cegos surdos e mudos".
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Provavelmente o homem que ficará na História como o principal arquitecto de um grupo empresarial de negócios extravagantes não contará hoje tudo. Nem é de estranhar que o arguto ‘Zeca Diabo’, nome com que ficou conhecido há duas décadas quando passou pela liderança da máquina fiscal, mande mensagens cifradas.
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Oliveira e Costa está preso e doente, mas sabe muito. Os seus papéis e o seu testemunho podem comprometer muita gente importante que ganhou dinheiro com as aventuras burlescas da SLN e BPN.
Enquanto o detido Oliveira e Costa estiver a falar no Parlamento, muita gente poderosa precisará de calmantes para gerir a ansiedade provocada pelas declarações do banqueiro caído em desgraça.
Armando Esteves Pereira
in CM

BE cria «paraíso fiscal» no centro de Lisboa...

Um cenário improvisado em frente à Brasileira e estava criado um paraíso fiscal em pleno centro lisboeta. A acção do Bloco de Esquerda centrou-se numa caricatura pitoresca dos «offshores», que o cabeça-de-lista do partido às europeias considera o principal tema das «agendas escondidas desta campanha».
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«Chamamos a atenção para aquilo que são as agendas escondidas desta campanha. Em primeiro lugar, os paraísos fiscais: todos os líderes do Primeiro Mundo e o nosso primeiro-ministro falam contra os paraísos fiscais, mas ainda não vimos uma medida tomada para acabar com eles , que é absolutamente indispensável se quisermos ter os recursos para combater realmente o desemprego», disse Miguel Portas.

Uma triste imagem da crise...

Nós que vivemos 'bem', raramente pensamos nas pessoas que ainda vivem na pobreza.
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Esta foto, tirada num país no coração da Europa, mostra que a pobreza existe em todo o lado.
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Esta mulher que passeia com as suas velhas e muito usadas roupas, e alguns sacos de plástico na mão, não pode deixar ninguém indiferente!
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Envia esta mensagem a todos os teus amigos, de modo a todos ficarem conscientes de que nem toda gente vive tão bem como tu e eu ..

Lucros na Banca...

Apesar da tão afamada “crise”, parece que há instituições que se dão bem com ela. Segundo informou o Banco Comercial Português (BCP), que é o maior banco privado português, os seus lucros foram de 106,7 milhões de euros, só no primeiro trimestre deste ano, o que equivale a um aumento de 625% relativamente ao ano passado.
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Começo a pensar se o excessivo lucro da banca privada, que só serve os seus administradores e accionistas, não estará directamente ligado com a “crise” e com a própria descapitalização das famílias portuguesas!?
Se quando um banco privado tem lucro, os seus accionistas ficam com ele, porque razão o Estado tem de suportar os custos quando algum tem prejuízos, mais ainda quando, alegadamente, essa situação surge por incompetência e até por processos fraudulentos?
Sinceramente, não entendo
in Blog Konversas

Os arautos da confiança...

Ainda que de forma envergonhada, começam a aparecer por aí os primeiros arautos da confiança no futuro próximo.
Dizem eles que a crise económica já bateu no ponto mais baixo. Dizem eles que se vislubram no horizonte os primeiros sinais de que o pior já passou. Dizem eles que não tarda nada e já podemos suspirar de alívio. Finalmente.
Verdade que nenhum dos optimistas se atreveu a decretar, como fez um dia o ministro Manuel Pinho, o fim da crise. Mas que o perigo do regresso do facilitismo anda à solta, lá isso anda. A coisa, claro, tenderá a piorar, com a série de três eleições que temos à porta.
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E, no entanto, os números (essa terrível arma que tantas vezes atropela os desejos das boas almas) mantêm-se teimosamente maus. Seguem-se dois curtos exemplos.
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O Produto Interno Bruto (PIB - indicador que traduz a riqueza produzida) dos países da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico, que junta os trinta países mais industralizados) caiu 2,1 por cento no primeiro trimestre de 2009 face ao anterior, registando a maior queda desde a criação deste indicador em 1960, indicou ontem aquela prestigiada organização.
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O que significa isto? Que nos países mais ricos ainda não se vislumbra nenhuma retoma. E se nos países mais ricos não há sinais de entusiasmo, o que pode pensar-se dos países mais pobres, como o nosso? Que a retoma ainda é uma miragem. E é, de facto. Na Zona Euro, por exemplo, a queda do PIB foi superior à média (2,5 por cento, após ter cedido 1,6 por cento nos três últimos meses do ano passado).
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Consequências? Estão à vista. Manchete da edição de ontem do JN: a crise está a obrigar 326 mil pessoas a recorrer a um segundo trabalho para poderem sobreviver, esticando as remunerações até ao limite dos limites, em condições dignas.
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De acordo com o insuspeito Instituto Nacional de Estatística, um terço dos empregados (cerca de um milhão e meio de pessoas) leva para casa, ao final do mês, pouco mais do que 600 euros. Outro milhão de pessoas ganha até 900 euros mensais. Há mais pessoas a auferir menos do que 310 euros do que a ganhar entre 1800 e 2500 euros. E ainda há umas dezenas de milhares a trabalhar a troco de um salário pago em espécie.
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Se pensarmos que todas estas pessoas - ou, pelo menos, a maioria delas - tem filhos para sustentar, chegaremos depressa a um cenário que contraria e torna absolutamente inverosímil qualquer espécie de sorriso mínimo perante o que o futuro próximo nos reserva.
Desconfiemos, portanto, das vozes que propalam tal cenário. Desconfiemos...
Paulo Ferreira
in JN